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Jornalista britânico sequestrado há 7 anos pelo EI pode estar vivo

5.fev.2019 - O jornalista britânico John Cantlie em imagem de Outubro de 2012 - AFP PHOTO / COURTESY OF THE CANTLIE FAMILY
5.fev.2019 - O jornalista britânico John Cantlie em imagem de Outubro de 2012 Imagem: AFP PHOTO / COURTESY OF THE CANTLIE FAMILY

05/02/2019 15h47

O jornalista britânico John Cantlie, sequestrado há sete anos na Síria pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), pode continuar vivo, segundo afirmou nesta terça-feira o ministro da Segurança do Reino Unido, Ben Wallace.

Em declarações à imprensa no Ministério do Interior, o ministro não especificou em que informações se baseava para fazer essa suposição.

A campanha "Free John Cantlie" ("John Cantlie Livre") reagiu à notícia com uma mensagem na rede social Twitter na qual confirmava que estava a par das declarações de Wallace e que não perdia a "esperança".

Cantlie, que trabalhou para os jornais "The Sunday Times", "The Sun" e "Sunday Telegraph", é o último refém britânico que do Estado Islâmico.

No dia 22 de novembro de 2012, o repórter foi sequestrado em território sírio, perto da fronteira com a Turquia, junto com o jornalista americano James Foley, que depois foi decapitado pelos extremistas.

Segundo a organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Cantlie apareceu em 12 vídeos de propaganda do EI desde que foi capturado.

A última gravação foi divulgada em dezembro de 2016, na qual o jornalista aparecia pálido, ao contrário de vídeos anteriores nos quais tinha melhor aspecto.

Nesse último vídeo, Cantlie percorria as ruas de Mossul comentando a destruição das pontes da cidade, antigo reduto do EI no Iraque, e entrevistando moradores. Antes, o britânico protagonizou outras gravações dos jihadistas nas cidades sírias de Aleppo, Kobani e Raqqa.

Em julho de 2017, a imprensa iraquiana divulgou informações sobre a suposta morte de Cantlie pelos bombardeios em Mossul. Em outubro desse mesmo ano, um guerrilheiro francês do EI afirmou à revista "Paris Match" que tinha visto o refém "há sete ou oito meses" em uma prisão em Raqqa.