Topo

Enviado dos EUA viaja a Pyongyang para encaminhar nova cúpula Trump-Kim

06/02/2019 03h11

Seul, 6 fev (EFE).- O enviado especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, viajou nesta quarta-feira de Seul a Pyongyang para se reunir com funcionários do regime norte-coreano com o objetivo de finalizar os detalhes da segunda cúpula entre os líderes de ambos países.

Biegun deve ter um encontro com seu homólogo norte-coreano, Kim Hyok-chol, para tentar fechar a data e o local exato do novo encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que já se reuniram em junho do ano passado em Singapura.

Fontes da Casa Branca anteciparam hoje a meios de comunicação americanos que a cúpula vai acontecer nos próximos dias 27 e 28 em um lugar do Vietnã ainda não definido, uma informação também confirmada pela imprensa sul-coreanos.

Na segunda-feira passada, o Departamento de Estado dos EUA tinha anunciado a visita de Biegun a Pyongyang "com o objetivo de avançar no progresso dos compromissos que Trump e Kim pactuaram em Singapura: completar a desnuclearização, transformar as relações com a Coreia do Norte e construir uma paz duradoura na península da Coreia".

O enviado americano iniciou no domingo uma viagem de três dias à Coreia para finalizar os preparativos da cúpula e, embora em princípio estivesse previsto que se reuniria com o seu homólogo norte-coreano na fronteira, a reunião finalmente acontecerá na capital do Norte.

Biegun partiu hoje para Pyongyang em um avião militar da base americana de Osan, ao sul de Seul, segundo declararam fontes da Defesa sul-coreana à agência local "Yonhap".

O enviado dos EUA já visitou Pyongyang em outubro deste ano junto ao secretário de Estado, Mike Pompeo, para tentar desbloquear as negociações sobre a desnuclearização do regime.

Sua visita coincide com as conclusões publicadas por meios de comunicação americanos sobre um novo relatório das Nações Unidas sobre o estado dos programas nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte, que "permanecem intactos", segundo o documento.

Os analistas da ONU acreditam que o regime teria dispersado suas instalações de montagem e teste de mísseis para evitar ataques preventivos, depois que Pyongyang se comprometeu a desmantelar algumas das suas usinas desse tipo e de testes atômicos, segundo revelaram fontes diplomáticas.

Na sua primeira cúpula de junho em Singapura, Kim e Trump concordaram em trabalhar para a desnuclearização do regime em troca de que Washington garanta sua sobrevivência, mas o processo quase não mostrou avanços diante da falta de um roteiro. EFE