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Pompeo visita Eslováquia na tentativa de frear Rússia e China

12/02/2019 10h06

Praga, 12 fev (EFE).- O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, visita a Eslováquia nesta terça-feira, país que preside este ano a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), na segunda escala de uma excursão que tem como objetivo conter a influência da Rússia e da China na Europa Central.

O chefe da diplomacia americana se reunirá na Bratislava com o ministro de Relações Exteriores da Eslováquia, Miroslav Lajcak, com o presidente, Andrej Kiska, e com o primeiro-ministro, Peter Pellegrini, informaram fontes oficiais do país centro-europeu.

"Pompeo não vem com uma mensagem negativa, mas para celebrar as relações que hoje existem entre Estados Unidos e Eslováquia. Estou confiante de que este será o reflexo da visita", disse Lajcak ontem, em Tbilisi (Geórgia), onde esteve na condição de presidente rotativo da OSCE.

O ministro eslovaco disse que Pompeu conversará sobre a postura da Bratislava "para os Balcãs ocidentais", a presidência (rotativa) da OSCE e "outros grandes temas como a China".

Fontes do Departamento de Estado dos Estados Unidos tinham antecipado, às vésperas da viagem, que a viagem tinha duplo objetivo: fortalecer a aliança da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) frente à Rússia e resistir à influência da China em alguns países como a Hungria, onde é forte a presença do gigante tecnológico chinês Huawei.

"Este encontro será para ressaltar a importância da aliança transatlântica e apresentar a postura da União Europeia (UE) e da Eslováquia sobre assuntos regionais e globais", explicou a diplomacia eslovaca em comunicado.

Durante a sua escala em Budapeste na segunda-feira, Pompeo alertou sobre um suposto risco de que o presidente russo, Vladimir Putin, provoque divisões na Otan.

"Não podemos deixar que Putin nos separe de nossos amigos da Otan", ressaltou o secretário de Estado em entrevista coletiva em Budapeste, em clara alusão ao fato de o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, manter uma relação próxima com o governo russo. EFE