Nazarbayev destitui governo do Cazaquistão por não cumprir expectativas
Astana, 21 fev (EFE).- O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, no poder há quase três décadas, destituiu nesta quinta-feira o governo do país por considerar que ele não atendeu às expectativas da população.
O decreto sobre a destituição do governo foi assinado por Nazarbayev e divulgado pela assessoria de imprensa da presidência. Segundo o documento o vice-primeiro-ministro do Cazaquistão, Askar Mamin, assumirá a chefia do Executivo de forma interina.
Os demais integrantes do governo, apesar da destituição, continuarão em seus cargos até a formação de um novo gabinete.
Antes de assinar o decreto, Nazarbayev explicou em comunicado que o governo fracassou na hora de iniciar reformas estruturas da economia e não cumpriu a promessa de aumentar o bem-estar do povo.
"Determinei repetidas vezes que a receita da população e o nível de vida da população fossem uma prioridade de todos os membros do gabinete. No entanto, a renda real dos cidadãos não subiu", indicou.
O governo atual, o décimo da história do país, tomou posse em 2016 após Nazarbayev destituir Karim Masimov, ex-primeiro-ministro do país, que passou a ocupar a chefia do Comitê de Segurança Nacional do Cazaquistão.
Após explicar as razões que motivaram a destituição do atual governo, Nazarbayev prometeu que o novo gabinete tomará "medidas efetivas" para melhorar o nível de vida dos cidadãos e promover o desenvolvimento econômico do país.
A atual remodelação do governo, segundo o analista político Dossym Satpaev, faz parte de uma estratégia que procura conter o descontentamento popular com "ministros negligentes".
"Embora a presidência tenha percebido que a situação pode explodir como uma panela de pressão, não basta só mudar os ministros se a panela seguir no lugar", destacou o analista.
A destituição do governo ocorre em meio a protestos de várias mães para exigir melhores condições de vida. As manifestações começaram há duas semanas, após a morte de cinco crianças em um incêndio em um imóvel de Astana. EFE
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