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Colômbia ordena retorno de diplomatas na Venezuela por ruptura de relações

23/02/2019 18h32

Cúcuta (Colômbia), 23 fev (EFE).- O governo da Colômbia ordenou neste sábado o retorno de seus diplomatas presentes na Venezuela depois de o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, romper "todo tipo de relações" com o país vizinho.

O chanceler da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, afirmou hoje que seu país "reconhece o presidente Juan Guaidó", chefe do Parlamento da Venezuela e que em janeiro se autoproclamou presidente interino do país, "a quem agradece o convite feito aos funcionários diplomatas e consulares colombianos para permanecer em território venezuelano".

"No entanto, a fim de preservar a vida e integridade dos funcionários colombianos, sua viagem à Colômbia se dará o mais rápido possível", disse Trujillo, pouco depois que Maduro anunciou o rompimento das relações com a Colômbia e deu 24 horas de prazo para que os diplomatas colombianos saiam da Venezuela.

O chanceler acrescentou que a Colômbia "responsabiliza o usurpador Maduro por qualquer agressão e desconhecimento dos direitos que os funcionários colombianos na Venezuela têm conforme às normas internacionais nas próximas horas ou dias".

Ao mesmo tempo, indicou que "a Colômbia continuará atuando em conformidade com a Convenção de Viena sobre relações consulares de 1963 e demais disposições de direito internacional".

Em resposta à medida de Maduro, o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, manifestou junto a Trujillo que "respalda" a decisão da Colômbia.

"O governo ilegítimo de Nicolás Maduro foi declarado como tal por resolução do Conselho Permanente da OEA", lembrou.

Além disso, Almagro afirmou que na tentativa de envio de ajuda humanitária à Venezuela da Colômbia e do Brasil houve "pelo menos quatro mortos e dezenas de feridos". EFE