Venezuela recorre à ONU para pedir resolução contra uso da força no país
Nações Unidas, 26 fev (EFE).- O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, pediu nesta terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU a aprovação de uma resolução que rejeite "a ameaça e o uso da força" contra seu país, em resposta às ações dos Estados Unidos.
Arreaza denunciou supostos preparativos dos EUA para intervir militarmente na Venezuela e convocou o principal órgão de decisão das Nações Unidas a pronunciar-se para que "se descarte essa opção totalmente".
"Pedimos que possam concordar e assinar uma resolução rejeitando a ameaça e o uso da força" contra a Venezuela, afirmou Arreaza em discurso de mais de meia hora diante do Conselho de Segurança.
O chanceler venezuelano insistiu entre outras coisas em que a operação humanitária impulsionada no sábado pela oposição com o apoio dos EUA foi uma "grosseira agressão" contra a soberania nacional e culpou os antichavistas pela violência.
Arreaza mostrou ao Conselho de Segurança fotografias dos confrontos, assegurando que demonstravam ataques por parte de manifestantes que chegavam da Colômbia junto aos caminhões com ajuda.
"Nossa Força Armada Nacional Bolivariana, a nossa Polícia Nacional Bolivariana pôde contê-la sem o uso de nenhum tipo de força letal", declarou, salientando que a maioria dos feridos eram membros das forças da ordem.
Além disso, culpou os opositores pelo incêndio de caminhões com ajuda na fronteira colombiana e garantiu que, quando as forças da ordem os inspecionaram depois, encontraram nos veículos não apenas alimentos, mas também arames e pregos utilizados para construir barricadas e armas.
Com relação à morte de quatro pessoas na fronteira com o Brasil, o chanceler assegurou que as autoridades estão investigando o ocorrido.
Em seu longo discurso, Arreaza criticou os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e vários países latino-americanos por respaldar o líder do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente em exercício do país.
Segundo o titular de Exteriores, no entanto, esse "golpe de Estado" fracassou.
Nesse momento, Arreaza se dirigiu diretamente ao enviado dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, que representou o governo de Donald Trump na reunião do Conselho de Segurança.
"Leia os meus lábios. Fracassou", ressaltou em inglês. EFE
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