Parlamento autoriza que Guaidó se ausente da Venezuela por mais de 5 dias
Caracas, 27 fev (EFE).- A Assembleia Nacional da Venezuela (Parlamento), de maioria opositora, autorizou nesta quarta-feira que o líder do órgão e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, se ausente do território nacional por um período maior que cinco dias consecutivos.
No início da sessão foi lido um documento enviado por Guaidó no qual solicitava a permissão, contada a partir da sexta-feira passada, como presidente interino da Venezuela, cargo assumiu em janeiro por considerar que Nicolás Maduro usurpou a presidência.
Guaidó, que conta com o reconhecimento de diversos países, cruzou a fronteira terrestre para a Colômbia na sexta-feira passada, embora tenha sido proibido de sair do país pela Justiça venezuelana por estar envolvido em uma investigação relacionada com a sua autoproclamação como presidente interino.
O líder opositor se reuniu nesta semana com o presidente da Colômbia, Iván Duque, e com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, em Bogotá. Na quinta-feira, está previsto que se encontre com o presidente Jair Bolsonaro em Brasília.
Na sessão desta quarta-feira do Parlamento venezuelano, Guaidó enviou uma mensagem de apoio aos deputados, na qual disse que o órgão continuará falando ao mundo sobre a "insistência em salvar vidas e atender a emergência humanitária complexa gerada por este regime assassino", em alusão ao governo chavista.
O chefe do Parlamento ressaltou que voltará "em breve" à Venezuela, apesar da possibilidade de ser preso, para continuar com o caminho traçado que inclui a cessar a usurpação, criar um governo de transição e convocar eleições livres. EFE
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