Governo diz que tenta resgatar filhos de britânicas que fugiram para Síria

Londres, 10 mar (EFE).- O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, afirmou neste domingo que o governo se esforça para resgatar os filhos mais novos das mulheres britânicas que fugiram para a Síria para se casar com jihadistas, embora elas tenham perdido a cidadania britânica.
No programa de Andrew Marr da BBC, Hunt disse que trabalha com a ministra de Desenvolvimento Internacional, Penny Mordaunt, para ver como é possível trazer estas crianças "de maneira segura" ao Reino Unido.
O chefe do Foreign Office lamentou que não ter sido possível resgatar o bebê recém-nascido de Shamima Begum, que morreu na quinta-feira de pneumonia, depois que o Executivo retirou a nacionalidade da mãe.
Shamima fugiu para a Síria em 2015, com 15 anos, com duas companheiras de sua escola no bairro de Bethnal Green, no leste de Londres, após ter sido captada pela internet, e desejava voltar ao Reino Unido para ser julgada e criar seu filho.
Hunt declarou que a morte de Jarrah, nascido em 17 de fevereiro em um campo de refugiados sírios, "é muito triste", mas disse que era "perigoso demais" enviar funcionários diplomáticos britânicos ao país árabe.
Também sustentou que Shamima "elegeu deixar um país livre para se unir a uma organização terrorista" e essas decisões "têm consequências".
O governo da primeira-ministra, Theresa May, foi criticado pela oposição política e organizações de direitos humanos e infantis por retirar a nacionalidade de várias mulheres britânicas que fugiram para Síria, ao invés de repatriá-las e julgá-las no Reino Unido, e por desatender seus filhos, que por direito são cidadãos britânicos.
O "The Sunday Times" publicou hoje que também perderam a cidadania britânica as irmãs Reema e Zara Iqbal, de 30 e 28 anos, que foram à Síria em 2013 igualmente para se casar com combatentes do Estado Islâmico (EI) e estão com seus filhos em campos de detenção no país.
Segundo o jornal, há pelo menos 12 jovens do Reino Unido, com mais de 20 filhos entre elas, detidas atualmente em campos controlados sobretudo por forças curdas.
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