EUA firmam acordo para que Suíça represente interesses do país na Venezuela
Washington, 5 abr (EFE).- Os Estados Unidos assinaram nesta sexta-feira um acordo para que a Suíça represente os interesses do país na Venezuela, informou o Departamento de Estado em comunicado.
A nota afirma que, em virtude do pacto, o país atuará como "poder protetor dos interesses dos EUA na Venezuela". No entanto, o Departamento de Estado disse que o pacto ainda não entrou em vigor.
"Os cidadãos americanos que necessitem de assistência emergencial na Venezuela terão que comparecer à embaixada ou consulados americanos mais próximos em outro país", acrescentou o texto.
O governo dos EUA reiterou a advertência de não viajar para a Venezuela e pediu aos americanos que permanecem no país que saiam do território venezuelano imediatamente.
Há um mês, o enviado especial dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, antecipou que tinha iniciado conversas com vários governos para que algum atuasse como "poder protetor" e oferecesse serviços consulares aos cidadãos do país na Venezuela após a saída do pessoal diplomático americano.
Tais serviços consulares consistem em visitas às prisões, onde há 12 americano presos, repatriação de corpos de pessoas falecidas e, em algumas ocasiões, assistência financeira.
A designação de outro país como "protetor" é usual quando dois governos rompem ou suspendem relações diplomáticas. No caso dos EUA, a Noruega e a Suíça cumpriram com esse papel no passado.
Em janeiro, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cortou os laços diplomáticos com os EUA depois que a Casa Branca reconheceu como governante "legítimo" da Venezuela o líder opositor Juan Guaidó, chefe da Assembleia Nacional.
Os EUA adotaram, além disso, várias ações para pressionar Maduro, como a revogação de vistos e sanções à empresa Petróleos da Venezuela (Pdvsa), principal fonte de dólares para Caracas. EFE
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