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Em debate, Sánchez diz ser único capaz de vencer a direita na Espanha

23/04/2019 18h52

Madri, 23 abr (EFE).- O presidente do governo da Espanha e líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOL), Pedro Sánchez, disse nesta terça-feira, no segundo debate televisivo para as eleições legislativas do próximo domingo, que é o único capaz de derrotar a direita e conter a ascensão da extrema direita no país.

No debate organizado pelo grupo "Atresmedia", Sánchez pediu que os espanhóis concentrem seus votos no "único partido que pode derrotar as duas direitas", em uma clara tentativa de obter o maior número possível de deputados e não precisar de alianças para governar.

O evento de hoje teve a mesma composição do debate realizado ontem pela emissora de televisão estatal "RTVE". Além de Sánchez, participaram os líderes dos outros três principais partidos do país: Pablo Casado (Partido Popular, direita), Albert Rivera (Ciudadanos, centro-direita) e Pablo Iglesias (Unidas Podemos, esquerda).

Com um formato diferente, o debate permitiu uma discussão mais dinâmica entre os candidatos. Casado atacou Sánchez pelas políticas econômicas do PSOE, que, segundo ele, levarão o país à falência.

Além disso, Casado, que representa o maior partido da oposição, acusou o líder socialista de fechar acordos com os independentistas catalães e bascos, algo que o atual presidente do governo da Espanha negou de forma taxativa no debate.

O líder do PP ainda prometeu reduzir os impostos e, com isso, criar 400 mil postos de trabalho. "Somos a única alternativa a Sánchez", defendeu Casado.

Rivera, por sua parte, repetiu a estratégia mais agressiva, direcionando ataques não só contra Sánchez, mas também contra Casado, em uma tentativa de ser o partido mais votado entre os eleitores de direita no país.

O representante do Ciudadanos fez críticas sucessivas aos governos do PP e do PSOE, focando especialmente nos empregos.

"É preciso fazer algo diferente, é preciso inovar e fazer políticas novas", propôs Rivera.

Já Iglesias reiterou a disposição de formar governo em aliança com o PSOE, mas cobrou de Sánchez comprometimento com as políticas sociais e exigiu que algumas delas não sejam deixadas no papel.

Tentando adotar um tom mais presidencial, Sánchez enumerou muitas das medidas aprovadas durante seus dez meses de governo e propôs uma blindagem constitucional do sistema público de previdência. EFE