Israel e EUA comemoram um ano da transferência de embaixada para Jerusalém
Israel e Estados Unidos comemoraram nesta terça-feira em Jerusalém, com trocas de elogios entre seus representantes, o primeiro aniversário da transferência da embaixada americana à cidade, um polêmico passo até aqui seguido apenas pela Guatemala e que provocou a ira dos palestinos e a condenação de grande parte da comunidade internacional.
"Nunca nos esquecemos de uma aliança indispensável: a aliança com os Estados Unidos", declarou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que esteve presente em um ato em um hotel da Cidade Santa no qual foi fervorosamente aplaudido pelo público, e onde ressaltou que as relações entre os dois países nunca foram tão próximas.
Por sua vez, o embaixador americano em Israel, David Friedman, promotor da transferência da legação diplomática, se desfez em elogios ao presidente americano, Donald Trump, pela decisão.
Já a primeira-dama da Guatemala, Patricia Marroquín de Morales, que faz visita a Israel, recebeu um prêmio em agradecimento pela transferência da embaixada que seu país realizou dois dias depois que os EUA, na presença do marido e presidente, Jimmy Morales.
O dia coincide com o 71º aniversário do nascimento do Estado de Israel, segundo o calendário gregoriano, proclamado em Tel Aviv por David Ben Gurión, que foi o primeiro chefe de governo do país.
No entanto, a gratidão israelense contrasta com a ira dos palestinos, cuja liderança não possui relações com Washington desde que Trump reconheceu Jerusalém como capital israelense.
Os EUA romperam com esta decisão o consenso internacional sobre a Cidade Santa, uma ação que foi seguida por Guatemala e Paraguai, embora este último tenha finalmente retirado sua legação após uma mudança de governo.
A ONU pediu em uma resolução aos países que retirassem suas embaixadas da cidade depois que Israel anexou unilateralmente em 1980 o leste ocupado por palestinos.
A sintonia com Washington ficou recentemente refletida com o reconhecimento, por parte de Trump, da soberania de Israel sobre o território sírio ocupado das Colinas do Golã.
Por sua vez, o governo Trump mantém a intenção de apresentar o que chamou de "Acordo do Século", um plano de paz para o conflito palestino-israelense cujo conteúdo revelará em breve e que as autoridades palestinas já anunciaram que boicotarão. EFE
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