Trump confirma que ordenou ataque contra Irã e cancelou no último momento
Washington, 21 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta sexta-feira que ordenou ontem um ataque contra o Irã em represália pela destruição de um drone americano por parte desse país, mas que depois suspendeu a ordem para evitar vítimas.
"Estávamos engatilhados e carregados para iniciar represálias ontem à noite em três lugares diferentes (do Irã) quando perguntei quantos morreiam. '150 pessoas, senhor' foi a resposta de um general. Dez minutos antes do ataque, eu o cancelei", escreveu o presidente em sua conta do Twitter.
Trump ressaltou que essa resposta não teria sido "proporcional à destruição de um avião não-tripulado".
"Não tenho pressa, nossas forças militares estão restauradas e prontas para a ação, são de longe as melhores forças militares do mundo", completou o governante em sua mensagem, o que deixa aberta a porta para uma ação de resposta pela destruição do drone.
Em sua série de mensagens, Trump confirmou a informação divulgada na madrugada pelo jornal "The New York Times" sobre uma operação militar contra posições de radares e baterias de mísseis iranianos que o presidente suspendeu quando os aviões já estavam no ar e os navios em posição.
Trump já autorizou dois ataques similares em 2017 e 2018 contra alvos militares do governo de Bashar al Assad na Síria.
"O presidente (Barack) Obama chegou a um acerto desesperado e terrível com o Irã", destacou Trump nas suas mensagens do Twitter, referindo-se ao seu antecessor na Casa Branca e ao acordo internacional com Teerã do qual se retirou.
Segundo Trump, Obama "lhes deu US$ 150 bilhões, além de US$ 1,8 bilhão em dinheiro. O Irã estava atravessava problemas muito graves e ele os salvou. Abriu a eles o caminho às armas nucleares".
"Ao invés de agradecer, logo depois o Irã estava gritando 'Morte à América'", comentou o presidente em suas mensagens, nas quais lembrou que retirou o país do acordo nuclear internacional e iniciou uma política de imposição de sanções.
"(O Irã) é agora uma nação muito mais frágil que no começo da minha presidência, quando causavam problemas graves em todo o Oriente Médio. Agora estão arruinados", continuou.
"As sanções estão tendo efeito e ontem à noite foram adicionadas outras", assegurou o presidente, acrescentando que "o Irã jamais pode ter armas nucleares. Nem contra os EUA, nem contra o mundo". EFE
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