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EUA, Reino Unido, Emirados e A. Saudita condenam ataque a aeroporto saudita

24/06/2019 16h46

Washington, 24 jun (EFE).- Estados Unidos, Reino Unido, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos condenaram nesta segunda-feira o ataque supostamente lançado pelos rebeldes xiitas houthis do Iêmen, respaldados pelo Irã, contra o aeroporto internacional de Abha, no sul da Arábia Saudita.

Em uma declaração conjunta, as quatro nações condenaram o ataque contra o aeroporto, que em 12 de junho deixou 26 mortos, e observaram com "preocupação" a recente escalada de ataques por parte dos houthis na Arábia Saudita com mísseis fabricados e fornecidos pelo Irã.

Os rebeldes houthis aumentaram suas operações em território saudita, especialmente com drones, em meio a um aumento das tensões no golfo Pérsico entre Irã e EUA.

De fato, a Arábia Saudita foi alvo de ataques por parte dos houthis desde que teve início em março de 2015 uma intervenção militar liderada por Riad no Iêmen contra os insurgentes, a quem os sauditas acusam de serem um instrumento de Teerã no país árabe.

De maneira muito significativa, a declaração conjunta de EUA, Reino Unido, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos está dirigida contra o Irã.

As quatro nações aproveitaram para expressar "preocupação com a escalada de tensões na região e os perigos da atividade desestabilizadora do Irã para a paz e a segurança tanto no Iêmen como na região".

A esse respeito, especificamente, citaram os recentes ataques contra navios petroleiros na região do estreito de Ormuz e no golfo de Omã, ações que Washington atribuiu ao Irã.

As autoridades iranianas ameaçaram em várias ocasiões bloquear o estreito de Ormuz, uma passagem entre o Irã e Omã no golfo Pérsico pela qual transita um quinto do petróleo mundial.

A tensão entre EUA e Irã aumentou desde que Washington se retirou no ano passado do acordo nuclear com Teerã e outras potências, uma decisão que veio acompanhada pela reativação das sanções americanas que tinham sido suspensas com o pacto.

A tensão vem alcançando novos níveis desde abril, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu não renovar as isenções concedidas a certos países para a compra de petróleo iraniano.

A isso se somaram o aumento da presença militar americana no Oriente Médio e a sabotagem de quatro petroleiros em um porto nos Emirados Árabes Unidos.

O último incidente aconteceu na quinta-feira passada, quando o Irã abateu um avião não-tripulado dos EUA quando, segundo Teerã, entrou em seu espaço aéreo para tarefas de espionagem, embora o Pentágono defenda que o aparelho estava em missão de reconhecimento sobre águas internacionais.

Em resposta, Trump autorizou um ataque seletivo contra o Irã no mesmo dia, mas o abortou no último momento. EFE