Após ser solta, capitã de navio que resgatou refugiados é ameaçada, diz ONG
A capitã do navio da ONG Sea Watch, Carola Rackete, foi transferida para um "lugar seguro" depois de receber "ameaças", segundo revelou à Agência Efe hoje, em Berlim na Alemanha, um porta-voz da organização que não quis revelar onde ela se encontra neste momento.
"Houve algumas ameaças", disse Ruben Neugebauer, acrescentando que Rackete, de 31 anos, "está bem", embora perguntado se ela ainda está na Itália, não quis revelar seu paradeiro.
A capitã do navio de Sea Watch foi libertada ontem, após atracar sem autorização em Lampedusa para desembarcar 40 imigrantes resgatados no dia 12 de junho no Mediterrâneo central e que estavam há 17 dias no mar esperando um porto.
Neugebauer disse que mais tarde eles vão relatar sobre a situação da ativista e que no momento a ONG não dará mais detalhes das razões para a transferência da capitã.
Carola Rackete foi acusada dos crimes de resistência ou violência contra embarcação de guerra e de tentativa de naufrágio por ter se chocado contra uma patrulha da Guarda de Finanças (polícia de fronteiras italiana) durante a operação de atraque, quando levou os imigrantes à terra.
No dia 12 de junho, a Sea Watch resgatou 53 imigrantes em frente às águas da Líbia, dos quais 13 foram desembarcados dias depois por razões médicas, e o restante permaneceu a bordo enquanto nenhum Estado permitia o atraque da embarcação.
Então no dia 26 de junho a capitã decidiu entrar sem permissão em águas de Lampedusa, da Itália, violando a proibição de Salvini, mas não chegou à terra porque foi interceptada primeiro pela Guarda de Finanças italiana.
Ontem à noite, após ser libertada, Carola Rackete declarou que a decisão da justiça italiana é "uma grande vitória para a solidariedade" com os migrantes e refugiados e contra os que "criminalizam aqueles que os resgatam em muitos países da Europa".
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