Protestos em Hong Kong acabam com 23 feridos e 11 detidos
Pelo menos 23 pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave, e outras 11 foram detidas durante a manifestação deste sábado em Hong Kong, que aconteceu apesar de ter sido proibida pelas autoridades.
A apuração de feridos feita neste domingo pela imprensa local cobre até 1h (14h de ontem), e a Autoridade de Hospitais de Hong Kong não publicou informação a respeito.
Nos confrontos com grupos de manifestantes, soldados antidistúrbios usaram gás lacrimogêneo, granadas especiais de 40 milímetros - munição não letal para controle de massas - e balas de borracha.
Em comunicado emitido na madrugada de hoje, a Polícia considera que usaram a "força apropriada", enquanto a ONG Anistia Internacional culpa as forças da lei de "inflamar a tensão da situação em vez de reduzi-la".
O diretor da organização em Hong Kong, Man-kei Tam, acrescenta que "apesar de a Polícia deva poder se defender, foram vistas repetidamente ocasiões nas quais os agentes eram os agressores, batendo em manifestantes que se retiravam, atacando civis na estação de metrô".
Dezenas de milhares de pessoas se reuniram ao longo da tarde de ontem no distrito periférico de Yuen Long, onde no último dia 21 ficaram feridas 45 pessoas após um ataque realizado por supostos membros das tríades (máfias chinesas) com varas de bambu e barras de metal na estação de metrô do bairro.
"O governo condena energicamente que os manifestantes perturbassem a ordem pública e infringissem a lei deliberadamente. A Polícia seguirá tomando medidas severas contra esses manifestantes", segundo nota do governo.
Este protesto foi um novo capítulo das manifestações que começaram no começo de junho em Hong Kong contra uma controversa proposta de lei de extradição, que acabaram em reivindicações mais amplas sobre os mecanismos democráticos do território, cuja soberania a China recuperou em 1997 com o compromisso de manter até 2047 as estruturas estabelecidas pelos britânicos.
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