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Maduro diz que EUA pretendem interferir nas eleições venezuelanas de 2020

28.jul.2019 - Líder venezuelano, Nicolás Maduro, em discurso durante o Foro de São Paulo no Palácio Presidencial de Miraflores em Caracas - Federico Parra/AFP
28.jul.2019 - Líder venezuelano, Nicolás Maduro, em discurso durante o Foro de São Paulo no Palácio Presidencial de Miraflores em Caracas Imagem: Federico Parra/AFP

Em Moscou

23/09/2019 08h22

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou ter dados sobre os planos dos Estados Unidos de interferir nas eleições da Assembleia Nacional venezuelana, previstas para 2020.

Em entrevista exibida hoje pela televisão estatal russa "Rossiya 24", o líder venezuelano garantiu ter "informação" sobre os planos do "governo extremista de Donald Trump" de interferir no pleito de 2020 para "tentar sabotá-lo". Segundo Maduro, os EUA buscam intervir nas eleições venezuelanas porque sabem que "não podem ganhar".

As declarações de Maduro chegam em meio às notícias sobre uma iminente visita do governante à Rússia, um dos principais aliados do governo venezuelano, ao lado de Cuba, Nicarágua, Bolívia, Turquia e China.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou na semana passada os preparativos para a próxima visita de Maduro a Moscou. O presidente venezuelano já se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, na capital russa em dezembro do ano passado. O próprio Maduro confirmou à televisão russa que "em breve" voltará a Moscou.

O presidente da Venezuela, que disse que pretende ampliar as relações com a Rússia durante a visita ao país, agradeceu às autoridades russas pelo "firme apoio" à soberania da Venezuela e ao seu "direito à paz".

Maduro também confirmou estar disposto a dialogar com os Estados Unidos para tentar normalizar as relações entre ambos os países. "Claro que sim", respondeu ao ser perguntado sobre se aceitaria negociar diretamente com o presidente americano, Donald Trump.

Segundo Maduro, se Trump decidisse mudar a política em relação à Venezuela que herdou do seu antecessor, Barack Obama, ele também estaria disposto a negociar para tentar "criar relações baseadas no respeito mútuo".