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EUA e representantes do governo de Guaidó assinam primeiro acordo bilateral

Governo americano ajudará financeiramente organizações da sociedade civil da Venezuela; pacto prevê envio de US$ 116 milhões ao país - OlegAlbinsky/Getty Images/iStockphoto
Governo americano ajudará financeiramente organizações da sociedade civil da Venezuela; pacto prevê envio de US$ 116 milhões ao país Imagem: OlegAlbinsky/Getty Images/iStockphoto

Da EFE, em Washington (EUA)

08/10/2019 15h47

O governo dos Estados Unidos e representantes do líder da oposição da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido como presidente do país pela Casa Branca, firmaram nesta terça-feira um acordo bilateral de cooperação.

Com o pacto, o governo americano ajudará financeiramente organizações da sociedade civil da Venezuela, veículos de imprensa independentes, associações dedicadas a supervisionar eleições e grupos que oferecem ajuda sanitária e alimentos aos venezuelanos.

Segundo o diretor da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), Mark Green, o pacto prevê a destinação de US$ 116 milhões à Venezuela. Do total, US$ 98 milhões serão repassados a grupos que estão atuando no país. Green não explicou como o dinheiro será enviado pelos EUA.

A responsável por Cuba e Venezuela no Departamento de Estado dos EUA, Carrie Filipetti, e o embaixador da oposição de Guaidó em Washington, Carlos Vecchio, comemoraram a assinatura do pacto.

"Este é o primeiro acordo bilateral assinado entre os EUA e o governo da Venezuela em mais de 65 anos. É reflexo da parceria vital e única entre nossos dois países", destacou Filipetti.

Em vídeo exibido durante o evento, Guaidó afirmou que o acordo é a "oficialização" da aliança entre a Casa Branca e o governo venezuelano representado por ele. Os EUA foram um dos primeiros países do mundo a reconhecer o opositor como presidente legítimo.

A questão humanitária é um dos pontos de tensão entre Guaidó e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que acusa os EUA de tentar interferir no país.

Em fevereiro, a oposição tentou fazer entrar no país ajuda enviada pela Casa Branca através das fronteiras com Colômbia e Brasil, mas foi impedida pelas Força Armada Nacional Bolivariana a pedido do chavismo.

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