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Itália registra 205,4 mil casos e quase 28 mil mortes, mas contágios diminuem

Paciente com coronavírus recebe tratamento em hospital da Itália - Antonio Masiello/Getty Images
Paciente com coronavírus recebe tratamento em hospital da Itália Imagem: Antonio Masiello/Getty Images

Da EFE, em Roma

30/04/2020 20h56

A Itália contabiliza um total de 205.463 casos de infecção pelo novo coronavírus, com 1.872 registrados entre ontem e esta quinta-feira, segundo dados divulgados pelo chefe da Defesa Civil do país, Angelo Borrelli, em entrevista coletiva.

Além disso, 4.693 pessoas foram curadas nas últimas 24 horas, o maior número diário desde o início da pandemia - com isso, o total chegou a 71.252.

Já o número de mortes é de 27.967, com 285 registradas desde ontem, e o de pessoas que atualmente estão infectadas é de 101.551, 3.106 a menos do que no dia anterior - foi a maior queda diária até agora, apesar de mais testes de triagem terem sido realizados.

O baanço divulgado hoje foi descrito como "muito reconfortante" por Luca Richieldi, um pneumologista que é membro do comitê técnico-científico que assessora o governo italiano e que esteve presente na entrevista.

Richieldi disse que os números "estão indo na direção certa" e que em seis regiões não foram registradas mortes nas últimas 24 horas, e em nove houve menos de 10 mortes. Ele também ressaltou que as medidas tomadas até agora levaram a uma "queda drástica na pressão sobre os hospitais".

Segundo os números de hoje, dos mais de 100 mil casos atuais, cerca de 82 mil são de pessoas em isolamento domiciliar. Também há cerca de 18 mil internadas e menos de 1,7 mil em unidades de tratamento intensivo.

A melhora da situação levou Borrelli a anunciar que a entrevista coletiva de hoje foi a última. Elas eram diárias no início da crise, e há duas semanas passaram a ser realizadas quinzenalmente.

A Itália prepara-se para entrar na "fase 2" da luta contra a pandemia, com um abrandamento das medidas de restrição a partir de 4 de maio.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte defendeu hoje a decisão de, apesar das críticas de vários setores políticos e sociais, reiniciar lenta e gradualmente as atividades econômicas, alegando que a reabertura simultânea "comprometeria irreversivelmente os esforços feitos até agora".

"A reabertura simultânea de todas as atividades econômicas, de socialização e escolares em 4 de maio significaria um crescimento exponencial e descontrolado do contágio", disse Conte em discurso no Congresso dos Deputados.

Na próxima segunda-feira, cerca de 4 milhões de pessoas voltarão ao trabalho em fábricas. No dia 18 de maio, serão reabertos museus, bibliotecas e lojas de varejo e, em 1º de junho, será a vez da reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza, todos com medidas de distanciamento e segurança.