Sem adotar isolamento, Suécia supera as 3 mil mortes por coronavírus
Redação Central, 7 mai (EFE) - A Suécia registrou nesta quinta-feira mais 99 mortes em decorrência da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, elevando o total para 3.040, enquanto o governo do país aponta para uma estabilização da curva.
Ainda segundo os dados oficiais divulgados hoje, são 705 casos de infecção acrescentados, o que gera um número geral de 24.623.
Dias atrás, a Agência de Saúde da Suécia revelou que o índice de contágio está estabilizado em menos de 1, o que indica que um grupo de dez pessoas que contraíram a covid-19 não chega a infectar outras dez.
Na Suécia, a aposta do governo foi em uma estratégia de fazer recomendações de prevenção para a população, apelar para a responsabilidade individual e não adotar medidas de restrição.
Escolas e creches ficaram abertas —universidades tiveram atividades suspensas, contudo—, assim como bares e restaurantes. A principal medida foi a proibição de aglomeração de mais de 50 pessoas.
O número de casos de infectados e mortos, no entanto, foi maior do que os registrados nos outros países nórdicos, que estabeleceram medidas mais severas, com confinamento obrigatório e paralisação de atividades econômicas, o que gerou críticas da sociedade e oposição.
Os índices, inclusive, foram proporcionalmente menores do que em outros países da Europa, como Espanha, Itália, França e Reino Unido.
"Ficamos abaixo do que o sistema de saúde poderia receber, embora seja igualmente duro para os profissionais da área", explicou o epidemiólogo chefe do governo, Anders Tegnel, em entrevista coletiva.
Hoje, o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, anunciou que pretende criar uma comissão para analisar todas as decisões tomadas durante a crise. Os trabalhos começariam após a pandemia ser considerada superada no país.
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