Topo

Esse conteúdo é antigo

Coronavírus: OMS não descarta transmissão aérea e mantém medidas de prevenção

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra -
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra

Da EFE, em Genegra

07/07/2020 19h40

A OMS (Organização Mundial da Saúde) destacou hoje que seus especialistas não descartam a possibilidade de transmissão aérea da covid-19, e afirmou que as medidas de prevenção já recomendadas estão mantidas.

"Sobre a possível transmissão aérea há novas evidências, mas não definitivas, e essa possibilidade é vista especialmente em condições muito específicas, como lugares com muitas pessoas e pouca ventilação", explicou a especialista Benedetta Allegranzi, da Unidade Global de Prevenção de Infecções da OMS.

Allegranzi respondeu a uma carta publicada na segunda-feira no jornal "The New York Times" por 239 cientistas. O texto cobrava mais seriedade da OMS para a hipótese de transmissão por via aérea do coronavírus, enfatizando que os padrões de distância social são insuficientes.

A especialista acrescentou que a OMS continua recomendando evitar reuniões em locais fechados e a participação em eventos com grande número de pessoas, além de manter condições de ventilação adequadas, distanciamento social e o uso de máscaras.

A chefe do Departamento de Doenças Emergentes da OMS, Maria Van Kerkhove, disse que muitos dos signatários da carta são especialistas com os quais a agência vem trabalhando há vários meses.

"Trabalhamos com este grupo de cientistas desde abril, através de várias redes, e damos as boas-vindas à colaboração de cientistas de todo o mundo", comentou.

Kerkhove acrescentou que muitos dos signatários são engenheiros, cuja contribuição pode ser muito importante, especialmente na adoção de medidas de ventilação de recintos.

Embora a OMS considere que a principal transmissão do coronavírus é através de pequenas gotículas (expelidas pelos doentes, por exemplo, quando tossem ou espirram), Kerkhove disse que outros meios de transmissão, inclusive de animais para humanos e de mãe para filho durante a gravidez, ainda estão sendo estudados.