México supera Reino Unido e se torna 3º país com mais mortes por covid-19
O México chegou nesta sexta-feira (31) a 46.688 mortes por covid-19 e tornou-se o terceiro país com mais óbitos pela doença, ultrapassando o Reino Unido, segundo contagem da universidade Johns Hopkins tem 46.204.
Com isso, ainda de acordo com dados da instituição americana, o país fica atrás apenas de Estados Unidos (153.268) e Brasil (92.475).
As autoridades de saúde mexicanas relataram 688 mortes pela doença desde ontem, além de 8.458 contágios, o que o fez chegar a 424.637 casos de coronavírus desde o início da pandemia —é o sexto país em número de infecções em uma lista liderada por EUA (4.556.232), Brasil (2.662.485), Índia (1.638.827), Rússia (838.461) e África do Sul (493.183).
O mecanismo de rastreamento da doença no México causou controvérsia, porque o país é um dos membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que realiza menos testes diagnósticos.
As autoridades admitiram que há subnotificações de casos e mortes e, nesta sexta-feira, disseram que o número real de contágios é estimado em 466.948 (42.311 a mais do que o oficial), e o de mortes, em 48.615 (1.927 acima do oficial).
Entretanto, várias investigações de veículos de imprensa mexicanos, baseadas em atestados de óbito, indicam que o número de mortes em cidades como a capital, Cidade do México, pode ser o dobro ou o triplo da contagem do governo.
O subsecretário de Saúde Hugo López-Gatell, responsável pelo combate à pandemia, sempre reiterou ser "impossível" ter números exatos em uma pandemia e argumentou que a estratégia de saúde deveria ser concebida com base em outros dados, como a velocidade de transmissão do vírus.
Em uma declaração conjunta, 10 governadores de oposição ao governo do presidente Andres Manuel López Obrador pediram nesta sexta-feira a demissão de Lopez-Gatell por dar "informações contraditórias, confusas e incoerentes".
O uso de máscaras para impedir o contágio também gerou controvérsia no México, já que, apesar da recomendação das autoridades federais e estaduais, o próprio López Obrador se recusa a usá-la em público.
"Eu vou usar uma máscara. Sabem quando? Quando não houver mais corrupção", disse o presidente nesta sexta-feira em resposta às críticas da oposição.
O México, que registrou seu primeiro caso em 28 de fevereiro, fechou as atividades econômicas consideradas não essenciais durante abril e maio como diversos outros países, e em junho iniciou uma lenta reabertura, apesar de a curva de contágios não ter sido achatada.
A pandemia afundou o PIB do México em 18,9% no segundo trimestre, uma queda histórica que afeta uma economia que já vinha encolhendo há mais de um ano.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.