Líder de igreja ligada à expansão do coronavírus na Coreia do Sul é preso
Autoridades sul-coreanas prenderam hoje o líder de uma seita religiosa secreta como parte de uma investigação sobre alegações de que a igreja prejudicou a resposta do governo contra o novo coronavírus depois que milhares de fiéis foram infectados entre fevereiro e março.
Promotores na cidade central de Suwaon têm questionado Lee Man-hee, 88 anos, presidente da Igreja de Jesus Shincheonji, sobre acusações de que a igreja ocultou a contaminação de alguns membros e fez reuniões escondidas para evitar quarentenas mais amplas.
O Tribunal Distrital de Suwon, no início do sábado, concedeu o pedido dos promotores para prender Lee devido a preocupações de que ele pudesse alterar provas.
Lee e sua igreja negaram as acusações e disseram que estão cooperando com as autoridades de saúde. Seu porta-voz, Kim Young-eun, disse que a igreja fará o possível para que "a verdade seja claramente provada em tribunal".
Mais de 5.200 dos 14.336 casos de covid-19 da Coreia do Sul foram ligados à igreja até agora. Sua filial na cidade de Daegu, no sul do país, emergiu como o maior aglomerado depois que as infecções aumentaram no final de fevereiro.
As autoridades de saúde usaram um programa agressivo de teste e quarentena para conter o surto em Daegu e cidades próximas até abril, mas o país viu um ressurgimento do vírus na área metropolitana de Seul desde o final de maio.
No sábado, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul registraram 31 casos confirmados recentemente. Pelo menos 23 deles estavam vinculados a chegadas internacionais.
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