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Maduro compara Uribe a Al Capone: "Prenderam por um crime menor"

Marcelo Garcia/Presidência da Venezuela/AFP
Imagem: Marcelo Garcia/Presidência da Venezuela/AFP

05/08/2020 02h50

Caracas, 4 ago (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comparou o senador Álvaro Uribe, que presidiu a Colômbia de 2002 a 2010, a Al Capone, alegando que, como o o gângster americano, o líder do partido Centro Democrático foi preso por "um crime menor".

"Hoje a Suprema Corte da Colômbia ordenou a prisão do ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, vulgo 'El Matarife', justamente por causa de suas ligações diretas com o paramilitarismo", disse Maduro em um evento por ocasião do 83º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) transmitido pela rede de televisão pública "VTV".

"Como no caso de Al Capone, o prenderam por um crime menor", acrescentou o chefe do governo venezuelano, que também acusou Uribe, sem provas, de ser "uma peça chave" nas operações do poderoso traficante Pablo Escobar, ex-líder do Cartel de Medellín.

"Por tráfico de drogas, quantos anos, quantas denúncias contra Álvaro Uribe Vélez", insistiu Maduro.

A Suprema Corte colombiana ordenou hoje a prisão domiciliar de Uribe como parte de um processo contra ele por supostamente ter cometido fraude processual e suborno de testemunhas, informou o próprio acusado no Twitter.

O processo contra Uribe começou em 2012, quando ele processou, por suposta manipulação de depoimentos de testemunhas, o senador Iván Cepeda, do partido de esquerda Polo Democrático Alternativo (PDA).

Na época, Cepeda estava preparando uma denúncia no Congresso contra Uribe por supostas ligações com paramilitares.

A ação movida por Uribe contra Cepeda sofreu uma reviravolta quando o juiz José Luis Barceló, da Suprema Corte e responsável por analisar o caso, não só o encerrou como decidiu abrir uma investigação contra o ex-presidente também por suposta manipulação de depoimentos.

Maduro também disse hoje que o paramilitarismo e o tráfico de drogas "assumiram a Casa de Nariño (sede do governo da Colômbia)", e por isso teria ordenado aos militares venezuelanos que se preparassem "cada vez mais" para defender o país.

O político afirmou que na próxima semana fundará a Superintendência Nacional Antidrogas "para dar um nível mais elevado" à luta contra os narcóticos na Venezuela.

O órgão, de acordo com ele, terá a tarefa de planejar "a luta estratégica (...) contra o narcotráfico colombiano" sempre que utilizar território venezuelano. EFE

rgc/id

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