Coreia do Sul registra 85 novos casos locais de Covid-19, recorde desde março
A Coreia do Sul, um dos países que melhor controlou a disseminação do novo coronavírus, registrou nesta sexta-feira 85 novos casos locais detectados ontem, o maior número desde março.
No total, o país asiático confirmou 103 novos positivos, dos quais 18 são "casos importados", informou hoje o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul (KCDC).
Das 85 infecções locais, a maioria, 72, corresponde a vários surtos que vêm crescendo na região da capital, onde residem cerca de 26 milhões de pessoas, mais da metade da população nacional.
O número de novas infecções locais relatadas hoje é o mais alto desde as 88 registradas no dia 31 de março.
Os dados levaram as autoridades de saúde a começar a avaliar a possibilidade de endurecer as medidas de distanciamento social, especialmente na região em torno de Seul.
Atualmente toda a Coreia do Sul, um país que nunca confinou seus cidadãos ou fechou fronteiras, mantém o nível 1 (o mais relaxado) em termos de medidas de distanciamento e o governo está considerando agora de elevá-lo para 2 - que seria acionado quando fossem reportados entre 50 e 100 casos diários durante 14 dias - para Seul e suas regiões vizinhas.
Em qualquer caso, e apesar deste aumento, todo o país registrou uma média de 25,7 novas infecções locais diárias nos últimos 14 dias.
Os novos surtos em Seul e regiões vizinhas estão ligados a igrejas, restaurantes, mercados e também academias após as aulas, disse o vice-ministro da Saúde e Bem-Estar, Kim Gang-lip, hoje, durante entrevista coletiva.
O novo máximo diário de infecções locais também coincide com uma greve realizada a cada sexta-feira, apoiada por muitos médicos residentes e estagiários de grandes hospitais do país, devido aos planos do governo de aumentar as taxas nas faculdades de medicina.
As autoridades não preveem por enquanto que essas greves irão afetar amplamente o combate à covid-19.
Na Coreia do Sul, que usa um sistema de rastreamento de contato abrangente com o GPS de telefones celulares como peça central, registrou 14.873 infecções desde o início da pandemia, enquanto apenas 305 pessoas morreram por covid-19.
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