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Steve Bannon é preso nos Estados Unidos sob a acusação de fraude

20/08/2020 14h25

Nova York (EUA), 20 ago (EFE).- Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, foi preso nesta quinta-feira sob a acusação de desviar centenas de milhares de dólares em doações à uma campanha para construir o muro na fronteira com o México.

Junto com o controverso estrategista foram detidas e acusadas outras três pessoas, também por envolvimento com o caso do "We Build the Wall" (Nós construímos o muro, em tradução livre), que arrecadou US$ 25 milhões (R$ 137,25 milhões), segundo as autoridades.

"Os acusados desviaram centenas de milhares de dólares dos doadores, se aproveitando do interesse deles para financiar um muro fronteiriço, sob o falso pretexto de que todo o dinheiro seria destinado à construção", afirmou a promotora interina do distrito sul de Nova York, Audrey Strauss.

De acordo com as investigações, foram desviados montantes para Brian Kolfage, um veterano de guerra do Iraque que fundou a iniciativa e foi o grande impulsionador dela, apesar de ter sempre garantido que não receberia um centavo sequer.

As autoridades apontam que os acusados criaram contas falsas para manipular o dinheiro das doações e ocultar os crimes que cometeram, canalizando fundos do "We Build the Wall", através de uma organização sem fins lucrativos que controlavam.

"Esse caso serve de aviso para outros fraudadores, de que ninguém está acima da lei, nem sequer um veterano de guerra com necessidades especiais ou um estrategista milionário", afirmou, em nota, o inspetor encarregado do caso, Philip R. Bartlett.

Além de Bannon, foram detidos o próprio Kolfage e outros dois homens, Andrew Badolato e Timothy Shea. O estrategista deverá comparecer em um tribunal ainda hoje, em Nova York, enquanto o veterano terá audiência no estado da Flórida.

Todos estão acusados formalmente por conspiração para cometer fraude eletrônica e para lavar dinheiro. Os crimes podem levar a penas máximas de até 20 anos de prisão, cada um.