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Trump afirma que vacina contra covid-19 pode chegar 'em semanas'

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz que o anúncio foi motivado pela eleição - Brendan Smialowski/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz que o anúncio foi motivado pela eleição Imagem: Brendan Smialowski/AFP

Da EFE, em Washington (EUA)

15/09/2020 17h42

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje que poderia aprovar uma vacina contra a covid-19 "em questão de semanas", apesar dos alertas sobre o perigo de acelerar o processo em um assunto como este.

"Não estou fazendo isso por razões políticas, quero a vacina rapidamente", disse Trump, em entrevista à emissora de televisão "Fox", em referência às eleições de 3 de novembro onde concorre à reeleição.

Sem a operação "Warp Speed" (velocidade da luz), iniciativa do governo americano para acelerar a pesquisa de uma cura contra o novo coronavírus, "não se teria uma vacina durante anos", disse o presidente.

"Acelerei o processo com a Agência Federal do FDA (Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA , da sigla em inglês). Teremos uma vacina em questão de semanas, pode ser quatro semanas, pode ser oito semanas. Temos muitas empresas excelentes", afirmou Trump.

Seu adversário nas eleições, o democrata Joe Biden e sua candidata à vice, Kamala Harris, alertaram para o perigo da segurança sanitária representado pelo processo acelerado e pela pressão política de Trump para obter uma vacina.

"Eu não confiaria apenas na palavra de Trump", disse Kamala Harris em uma declaração no início do mês sobre uma vacina que seria aprovada antes das eleições, enquanto Biden garantiu que antes de ser vacinado gostaria de ouvir "o que o cientistas têm a dizer".

O principal alergista do país, dr. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, insistiu que até o final do ano ou início de 2021, uma vacina segura e eficaz contra a covid-19 poderá estar disponível.

Durante a entrevista, Trump garantiu que os EUA agora estão em uma posição melhor em relação ao coronavírus do que no início, e garantiu que o país "está revertendo a pandemia".

Os Estados Unidos, país mais atingido pela pandemia, ultrapassou 6,5 milhões de infecções confirmadas de covid-19, com uma taxa de aumento de cerca de 35 mil novos casos diários, e as mortes chegam a 194.547, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins.

Trump, mais uma vez, se defendeu por ter rejeitado publicamente a gravidade do coronavírus em uma série de entrevistas com o jornalista Bob Woodward, quando ele já sabia do enorme perigo representado pela doença.

"Não quero criar pânico", insistiu Trump.