Topo

Esse conteúdo é antigo

Médico italiano afirma que mundo ainda vive primeira onda da Covid-19

Milhares de pessoas protestam em Roma contra máscaras e vacinas - REMO CASILLI/REUTERS
Milhares de pessoas protestam em Roma contra máscaras e vacinas Imagem: REMO CASILLI/REUTERS

29/09/2020 16h26

O assessor do Ministério da Saúde da Itália e membro do conselho da Organização Mundial da Saúde (OMS), médico Walter Ricciardi, disse nesta terça-feira que o mundo atualmente não está passando por uma possível segunda onda de casos do novo coronavírus, mas um aumento que faz parte da primeira, que ainda não acabou.

"Nos últimos meses achatamos a curva de transmissão, mas sem pará-la completamente", graças, entre outras coisas, ao aumento das temperaturas do verão europeu, mas agora com outono e frio "a curva está subindo novamente", disse Ricciardi em declarações à emissora de TV "Sky".

"Ainda é a primeira onda, que chamamos de segunda apenas porque corresponde a uma nova temporada, mas é a mesma", acrescentou.

A Itália acumula 311.364 casos e 35.851 mortes desde fevereiro. Dos atuais 50.323 pacientes, 264 estão internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Ricciardi destacou que o país tem mais de 10 mil UTIs para atender os pacientes nos próximos meses e que isso não é problema, mas sim o fato de algumas regiões apresentarem deficiências em seus sistemas de segurança contra infecções em seus hospitais.

"Alguns hospitais não têm rotas separadas (de entrada e saída). Isso significa que quando a pressão da gripe e o medo do coronavírus chegar, todas as pessoas chegarão ao hospital e irão se aglomerar em um único espaço, causando o caos", argumentou.

Ricciardi também falou dos testes rápidos de Covid-19 que, embora não sejam "100% confiáveis", "permitem identificar" os infectados para evitar que o vírus se espalhe.

Por enquanto, a Itália os aplica em aeroportos aos cidadãos que chegam da Espanha, Croácia, Grécia, Malta e França e está considerando sua utilização em breve nas escolas.