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Argentina propõe ao Reino Unido produzir vacinas da AstraZeneca

Argentina propôs parceria com laboratório AstraZeneca para produzir localmente a vacina contra a covid-19 - ANDRé RIBEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO
Argentina propôs parceria com laboratório AstraZeneca para produzir localmente a vacina contra a covid-19 Imagem: ANDRé RIBEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO

04/05/2021 07h06Atualizada em 04/05/2021 07h09

Buenos Aires, 3 mai (EFE).- O Governo da Argentina propôs ao Reino Unido na segunda-feira (3) produzir localmente a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em colaboração com a Universidade de Oxford.

A informação foi transmitida pela ministra da Saúde argentina, Carla Vizzotti, ao Embaixador do Reino Unido em Buenos Aires, Mark Kent, durante uma reunião que realizaram na Casa Rosada.

"Como comunicamos à AstraZeneca, pedimos ao embaixador para continuar buscando mais e melhores oportunidades, entre os dois Estados, através da Universidade de Oxford, para explorar a possibilidade de fazer parte da cadeia de produção da vacina, a curto e médio prazo, não apenas para a Argentina, mas para toda a América Latina", declarou Vizzotti em um comunicado.

Recentemente, a ministra também realizou uma reunião virtual com o secretário de Estado para a implantação da vacina contra a Covid-19 do Reino Unido, Nadhim Zahawi.

A Argentina tem um contrato de fornecimento de vacinas assinado com a AstraZeneca. Além disso, em agosto passado, o país vizinho e México anunciaram um acordo para produzir o imunizante desenvolvido pela AstraZeneca para a América Latina.

Na Argentina, o laboratório mAbxience, do Grupo Insud, foi responsável pela produção da substância ativa da vacina, enquanto o laboratório mexicano Liomont deveria completar o processo de formulação e embalagem, mas teve dificuldades na obtenção de insumos, e o processo foi atrasado.

Negociações com China e Israel

Vizzotti e a assessora presidencial Cecilia Nicolini realizaram nesta segunda-feira reuniões virtuais com autoridades e empresários da China e de Israel para iniciar formalmente conversações sobre a possível participação da argentina na fase de pesquisa e na cadeia de produção de vacinas contra a covid-19.

O primeiro encontro teve a participação de executivos do laboratório chinês Sinopharm e da empresa argentina Sinergium Biotech.

Além disso, segundo fontes oficiais, Vizzotti e Nicolini tiveram o primeiro contato com a equipe do Hospital Internacional Hadassah, liderada pelo médico argentino Jorge Diner, para iniciar o trabalho de cooperação e troca de experiências em prevenção e combate ao coronavírus, pesquisa e desenvolvimento de vacinas e medicamentos, gestão epidemiológica, atendimento a pacientes e campanha de vacinação.

A reunião virtual foi um ato preliminar para uma visita que a equipe de especialistas do Hadassah, liderada pelo professor Yoram Weiss, fará na próxima semana à Argentina.