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Uruguai aprova uso de vacina contra covid-19 em menores com pelo menos 12 anos

Arquivo - País vacinará menores de idade a partir dos 12 anos contra a covid-19 com o imunizante da Pfizer (foto) - JUSTIN TALLIS / various sources / AFP
Arquivo - País vacinará menores de idade a partir dos 12 anos contra a covid-19 com o imunizante da Pfizer (foto) Imagem: JUSTIN TALLIS / various sources / AFP

Em Montevidéu

02/06/2021 04h20

O Uruguai vacinará menores de idade a partir dos 12 anos contra a covid-19 com o imunizante do laboratório americano Pfizer, após a aprovação pela comissão de vacinas do MSP (Ministério da Saúde Pública), anunciou nesta terça-feira o presidente do país vizinho, Luis Lacalle Pou.

Em entrevista à emissora "Canal 10", Lacalle Pou confessou estar preocupado com a pandemia no Uruguai e disse que até o final desta semana a programação será aberta para que a população dessa faixa etária possa ser vacinada.

O chefe de governo insistiu que ele está confiante nas medidas implementadas por seu governo e no processo de vacinação. A este respeito, ele confirmou que o Uruguai acaba de assinar "uma reserva de mais de 500.000 doses de (a vacina chinesa) Sinovac" para aumentar sua distribuição.

O governo uruguaio vem cogitando administrar uma terceira dose para reforçar a eficácia dos imunizantes que estão sendo inoculadps no país, os de Pfizer e AstraZeneca e a CoronaVac.

Lacalle Pou reiterou sua posição sobre quarentenas e confinamentos que foram feitos em outras partes do mundo e argumentou que em seu país ele não acredita que um 'lockdown' funcionaria.

"A imunidade do rebanho é um conceito aspiracional, mas como o processo de vacinação continua evoluindo, o que haverá no Uruguai é uma forte redução na circulação do vírus", prevê o chefe de Estado.

O presidente uruguaio também se referiu a outras questões, como educação e economia, e falou inclusive sobre o Mercosul. A respeito do bloco, reiterou não fazer oposição, mas disse ser preciso algumas reformas.

"Temos que fazer o Mercosul entender que estamos nesta região, mas que temos que sair para o mundo. Eles não podem amarrar nossas mãos e pés", opinou.

Nos últimos meses, Uruguai e Brasil se manifestaram a favor de que os países integrantes do grupo possam fazer negociações com outras nações separadamente, o que vai contra as normas do Mercosul e é rechaçado pela Argentina.