Variante delta faz Israel registrar maior número de casos desde março
Israel registrou hoje mais de 500 infecções pelo coronavírus, um número recorde desde março, após identificar uma diminuição na eficácia da vacina para preveni-las, embora os imunizantes previnam casos graves em 93%.
Segundo o Ministério da Saúde israelense, a eficácia da vacina na prevenção de infecções, com ou sem sintomas, caiu para 64% desde junho, em uma queda atribuída à variante delta, enquanto continua protegendo contra formas graves da doença e internações.
Israel notificou hoje 501 novos casos, 50% deles entre crianças em idade escolar, o que coloca a taxa de positividade em 0,7% com um total de 2.901 casos ativos, embora apenas 33 pessoas estejam hospitalizadas no momento.
Com mais de 5,1 milhões de residentes vacinados - de um total de mais de 9 milhões -, as autoridades sanitárias promovem campanhas de vacinação entre os adolescentes e tentam escoar o excedente.
O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, anunciou hoje um acordo com a Coreia do Sul para enviar 700 mil doses da vacina Pfizer que expiram no final do mês, em troca de o país devolver a mesma quantidade quando receber seu pedido em setembro e outubro de 2021.
O empréstimo foi anunciado depois que a ANO (Autoridade Nacional Palestina) rejeitou um acordo semelhante, alegando que as vacinas tinham uma data de expiração próxima.
O novo governo israelense também reativou o chamado Gabinete do Coronavírus, que se reunirá para avaliar a situação epidemiológica e já aprovou dois estudos para verificar a eficácia da vacina por idade e características, bem como pela imunidade celular.
Além disso, o uso da máscara em ambientes fechados voltou a ser obrigatório em Israel e a entrada de estrangeiros com visto de turista continua proibida desde o início da pandemia em março de 2020.
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