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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Oito anos após referendo, Putin defende anexação da Crimeia pela Rússia

Presidente russo, Vladimir Putin - Yuri Kochetkov/Reuters
Presidente russo, Vladimir Putin Imagem: Yuri Kochetkov/Reuters

17/03/2022 15h38Atualizada em 17/03/2022 15h57

presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu hoje a anexação da província da Crimeia, na Ucrânia, feita através de referendo, em vista do que acontece na região do país, que é alvo do que o chefe de Estado denominou de "operação militar especial".

"Em fevereiro e março de 2014, os crimeios e habitantes de Sevastopol, mostraram coragem e patriotismo, e ergueram um muro diante do avanço dos neonazistas e radicais que organizaram e efetuaram um golpe de Estado", disse Putin, no início de uma reunião de governo sobre o desenvolvimento socioeconômico na região.

Putin destacou que a população da Crimeia participou de um referendo "livre e consciente", tomando a decisão de "estar junto com a Rússia".

"Os últimos anos demonstraram de maneira convincente como foi correta e oportuna essa escolha", disse o presidente russo. "Basta observar o que acontece no Donbas e tudo fica claro", completou Putin.

Com a presença de militares russos, aconteceu referendo na Crimeia em 16 de março de 2014, em que foi votada favoravelmente pela maioria da população a incorporação do território pela Rússia.

No dia seguinte, a República da Crimeia proclamou a independência e apresentou ao Kremlin uma solicitação de adesão, que Putin anunciou publicamente em 18 de março de 2014, o que rendeu condenação unanime da comunidade internacional.

Em abril daquele ano, Moscou apoiou uma revolta armada no Donbas, que resultou em um sangrento conflito que não terminou, apesar da assinatura, em fevereiro de 2015, dos Acordos de Paz de Minsk.

Antes de anunciar a chamada "operação militar especial" na Ucrânia, Putin reconheceu a independência das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

O presidente justificou a decisão como necessária para intervir militarmente no país vizinho, devido ao suposto genocídio de tropas ucranianas contra a população do Donbas, onde mais de 700 mil pessoas já receberam cidadania da Rússia.