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'Putin se tornou o pior inimigo do povo russo', diz presidente da Comissão Europeia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa durante uma sessão plenária do Parlamento Europeu - John Thys/AFP
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa durante uma sessão plenária do Parlamento Europeu Imagem: John Thys/AFP

23/03/2022 17h05Atualizada em 23/03/2022 18h27

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou hoje que Vladimir Putin se tornou "o pior inimigo do povo russo", o qual está asfixiando economicamente, e o apontou como responsável pela fome que pode ser causada pela escassez de cereais devido à guerra.

"Putin se tornou também o pior inimigo do povo russo", disse Von der Leyen ao Parlamento Europeu, acrescentando que as sanções da UE contra a Rússia, desde o congelamento de ativos e reservas até a expulsão da maioria dos bancos russos do sistema de transferências Swift, estão sufocando a economia russa.

As taxas de juro subiram 20% e as agências de classificação de risco colocaram a dívida soberana na categoria "lixo", acrescentou a política alemã, que frisou que a União Europeia tomou medidas que visam "o fracasso estratégico de Putin".

Von der Leyen também se referiu à segurança alimentar e energética, ambas em risco devido ao impacto da invasão russa à Ucrânia, cujos agricultores não estão conseguindo semear a próxima colheita.

"Além disso, Putin está bloqueando centenas de navios carregados com trigo no mar Negro. As consequências serão sentidas no Líbano, Egito e Tunísia até a África Central ou o Extremo Oriente. Peço a Putin para que deixe esses navios navegarem. Caso contrário, ele não será apenas responsável pelas mortes na guerra, mas também pela fome. Que esses navios naveguem", exclamou.

Von der Leyen frisou que a UE concordou em gastar 2,5 bilhões de euros até 2024 para ajudar regiões de todo o mundo a combater a insegurança alimentar.

Sobre os hidrocarbonetos, Von der Leyen afirmou que "a política energética é também política de segurança" e defendeu o plano da Comissão para reduzir a dependência da UE do gás russo em dois terços no prazo de um ano.

"É muito ambicioso, mas podemos conseguir", disse Von der Leyen, que se encontrará nesta quinta-feira, em Bruxelas, com o presidente dos EUA, Joe Biden, para discutir formas de aumentar as exportações americanas de gás natural liquefeito para a UE.

A política alemã elogiou a resistência do povo ucraniano contra a invasão frisou que "se a liberdade tem um nome, esse nome é Ucrânia, e a bandeira ucraniana é hoje a bandeira da liberdade".

Ao mencionar a união da UE diante da agressão russa, pediu que o bloco europeu continue neste caminho.

"Se há uma coisa que Putin não antecipou, foi a nossa unidade, a rapidez das nossas ações e a nossa determinação. Viva a unidade e viva a Europa", concluiu.