EUA se comprometem a acolher até 100 mil refugiados ucranianos
Bruxelas, 24 mar (EFE).- Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira que estão dispostos a receber um máximo de 100 mil refugiados ucranianos e de outras nacionalidades que fugiram da Ucrânia após a invasão russa e que entregarão mais US$ 1 bilhão em ajuda humanitária ao país.
A prioridade de Washington será acolher os ucranianos "que têm parentes nos Estados Unidos", explicou uma fonte oficial americana, que pediu anonimato, em entrevista coletiva por telefone.
A Casa Branca fez o anúncio durante a visita a Bruxelas do presidente Joe Biden, que participa hoje de duas cúpulas da Otan, do G7 e da União Europeia (UE).
Até agora, o governo Biden insistiu que a maioria dos ucranianos que fugiram da Ucrânia queria ficar o mais próximo possível de seu país e dificilmente desejaria se reassentar nos Estados Unidos.
No entanto, a pressão para que Washington faça sua parte aumentou à medida que cresceu o número de refugiados da invasão russa da Ucrânia, que já atingiu 3,67 milhões, segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
A cota de 100 mil anunciada pelos EUA não inclui apenas aqueles que podem chegar ao país como refugiados, mas também podem ser preenchidos por ucranianos que obtenham diferentes vistos, disse a fonte oficial.
A Casa Branca não identificou um prazo específico para esses refugiados e imigrantes se mudarem para os Estados Unidos, e o processo para obter asilo no país pode levar anos.
Os EUA concentrarão parte de seus esforços em "proteger os refugiados mais vulneráveis", como a população LGBTI, pessoas com necessidades médicas e jornalistas, entre outros, disse a fonte.
O anúncio ocorreu um dia antes de Biden viajar para a Polônia, que recebeu mais da metade dos refugiados que fugiram da Ucrânia, cerca de 2,17 milhões, segundo a Acnur.
A Casa Branca também prometeu hoje mais US$ 1 bilhão em ajuda humanitária para fornecer alimentos, medicamentos, abrigo e itens essenciais para populações em risco na Ucrânia, bem como às que fugiram para os países vizinhos.
Além disso, anunciou um novo programa chamado Iniciativa de Resiliência Democrática Europeia (EDRI), que será dotado de US$ 320 milhões e terá como objetivo "defender os direitos humanos na Ucrânia e nos países vizinhos", segundo um comunicado oficial.
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