WikiLeaks condena extradição de Assange: "dia obscuro para a liberdade"
O portal WikiLeaks chamou classificou nesta sexta-feira a ordem de extradição do jornalista Julian Assange para os Estados Unidos, autorizada pela ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, como um "dia obscuro para a liberdade de imprensa e a democracia britânica", mas ressaltou que pretende recorrer contra a decisão.
"Qualquer pessoa neste país que se preocupe com a liberdade de expressão deve se envergonhar profundamente de que a ministra do Interior tenha aprovado a extradição de Julian Assange para os EUA, o país que planejou seu assassinato", disse o site em um comunicado.
Patel deu aval à extradição após um longo trâmite legal nos tribunais britânicos, que autorizou a entrega de Assange aos EUA, onde é acusado de crimes de espionagem.
"Julian não fez nada de errado. Ele não cometeu nenhum crime e não é um criminoso. Ele é jornalista e editor, e está sendo punido por fazer seu trabalho. Estava no poder de Priti Patel fazer a coisa certa. Em vez disso, ela será sempre lembrada como cúmplice dos EUA em seu esquema de transformar o jornalismo investigativo em uma empresa criminosa", disse o WikiLeaks.
"O caminho para a liberdade de Julian é longo e sinuoso. Hoje não é o fim da luta. É apenas o início de uma nova batalha legal. Recorreremos através do sistema legal, o próximo recurso será ao Tribunal Superior. Vamos lutar com mais força e gritar mais alto nas ruas, vamos nos organizar e tornar a história de Julian conhecida de todos", acrescenta a nota.
O portal se referiu ao processo como um "caso político" e lembrou que Assange divulgou evidências sobre investigações judiciais corruptas relacionadas a irregularidades dos EUA.
"Sua vingança é tentar fazê-lo desaparecer nos rincões mais obscuros de seu sistema prisional pelo resto da vida", afirmou o portal.
"Lutaremos para devolver Julian a sua família e para restaurar a liberdade de expressão para todos nós", acrescenta o texto. EFE
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