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Presidente de Belarus acusa Ocidente de aproximar mundo de uma grande guerra

12/07/2022 16h11

Moscou, 12 jul (EFE).- O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, acusou nesta terça-feira, durante discurso em uma cerimônia de formatura dos graduados das academias militares do país, o Ocidente de aproximar o mundo de uma grande guerra na qual não haverá vencedores.

"Os acontecimentos que acontecem hoje são passos resolutos em direção a um mundo multipolar, para acabar com a hegemonia dos Estados Unidos, em cujos interesses os grupos de tropas são aumentados e uma ideologia neonazista e regimes francamente fascistas são apoiados junto com países desconfortáveis", disse Lukashenko, citado pela agência oficial de notícias de Belarus "BelTA".

O presidente não mencionou a "operação militar russa" na Ucrânia, mas a alusão aos acontecimentos no país vizinho não poderia ser mais transparente.

"Infelizmente, esta política ocidental aproxima o mundo do precipício de uma grande guerra, na qual, como vocês entendem, não haverá vencedores", frisou aos militares.

Aleksandr Lukashenko denunciou que o Ocidente está preparando planos para atacar a Rússia.

"Em tempos recentes, e ontem discutimos cuidadosamente com o presidente da Federação Russa (Vladimir Putin), planos estratégicos estão sendo preparados para atacar a Rússia", disse.

Ele acrescentou que "a principal direção do ataque - a história se repete - será através da Ucrânia e de Belarus".

"Sob o pretexto de fortalecer a defesa da Europa e vários exercícios 'defensivos', os países da Otan estão criando um punho blindado, que claramente não é para defesa", disse Lukashenko.

O presidente disse que "parece que os novos 'cruzados' da Aliança Atlântica de repente decidiram que chegou a hora certa de se lançar novamente para o leste, esquecendo como terminaram as incursões de seus antecessores históricos".

"Os países ocidentais, liderados abertamente pelos Estados Unidos, estão de forma consistente e metódica, e mesmo contra seus próprios interesses nacionais e os desejos do povo, estão destruindo o sistema de segurança global", afirmou. EFE