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Rússia nega que exercícios militares são voltados contra países ou Otan

Os exercícios no Extremo Oriente coincidem com o sétimo mês da "operação militar especial" na Ucrânia, como batizou o presidente da Rússia, Vladimir Putin - Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via Reuters
Os exercícios no Extremo Oriente coincidem com o sétimo mês da 'operação militar especial' na Ucrânia, como batizou o presidente da Rússia, Vladimir Putin Imagem: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via Reuters

Da Efe

29/08/2022 21h10Atualizada em 29/08/2022 21h30

A Rússia disse nesta segunda-feira que os exercícios Vostok-2022 (Oriente-2022), em que participarão mais de 50 mil militares entre 1º e 7 de setembro, não serão dirigidos contra nenhum país, nem qualquer aliança militar, com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A informação foi veiculada hoje pela agência russa de notícias "Interfax", a partir de declarações do vice-ministro da Defesa, Alexandr Fomin.

"O exercício não é dirigido contra nenhum país específico ou aliança militar e é de natureza puramente defensiva", garantiu o integrante do governo da Rússia, durante uma sessão informativa para agregados militares estrangeiros.

"As tropas retornarão aos postos permanentes no fim de setembro", completou Fomin.

As manobras, que serão comandadas pelo chefe do Estado Maior Geral das Forças Armadas da Rússia, o general Valery Guerasimov, são realizadas a cada quatro anos e ocorrerão em sete campos de treinamento no Distrito Militar Oriental da Rússia, assim como em áreas marítimas e costeiras.

Serão mobilizados mais de 50 mil militares e 5 mil unidades de armas e equipamentos, incluindo 140 aviões, 60 navios de guerra, barcos e embarcações de apoio.

Nos exercícios participarão contingentes e observadores de mais de dez países, entre eles, China, Índia, Síria, Argélia, Mongólia, Nicarágua, Laos e Azerbaijão.

Também estarão presentes militares de Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão e Tadjiquistão, que junto com a Rússia, fazem parte da pós-soviética Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).

As manobras são de menor envergadura do que em 2018, quando houve participação de quase 300 mil militares das Forças Armadas russas, assim como de milhares de outros, de outros países.

Os exercícios no Extremo Oriente coincidem com o sétimo mês da "operação militar especial" na Ucrânia, como batizou o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Durante as atividades, as Marinhas russa e da China farão manobras no mar do Japão, segundo afirmou o vice-ministro.

"Nossa Frota do Pacífico, junto com a Marinha do Exército Popular de Libertação da China, praticará a coesão das partes norte e central do mar do Japão, na região marítima do Extremo Oriente", disse Guerasimov.

O objetivo é "ajudar as tropas terrestres na direção de Krai do Litoral e defender as comunicações navais e as áreas econômicas marítimas", detalhou.

Os exercícios serão realizados mar adentro e em áreas próximas das costas dos mares do Japão e de Ojotsk.