Rafael Nadal começa a dar adeus às quadras
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Com (muita) dor e sem data para voltar. Por causa de homens como Rafael Nadal, o tênis, esporte para poucos, tem milhões de fãs, gente que nunca viu uma raquete profissional de pertinho nem sabe até hoje como funciona o tiebreak. É preciso dar-se o tempo de ver o "rei do saibro" ao vivo num jogo de três, quatro horas, com adversário difícil, para entender como aos poucos as crianças, os adultos e os idosos da sala estão aos gritos, pulando diante da TV, aplaudindo a batalha final (mesmo nas oitavas) daquele exército de um homem só.
Quando o cansaço já é extremo, Nadal acelera. Corre enlouquecido, busca a bola lá longe, volta correndo, força o saque, a mão, vira o set, ganha de virada. O atleta espanhol não está sofrendo ali, está curtindo o esforço brutal de não entregar o jogo. É sobre tênis, e outras coisas. Ele disse ontem (18) na coletiva: "Sempre vale a pena um esforço a mais". Mas o boleto da saúde do corpo chegou, um custo exorbitante, aos 36 anos. Nadal anunciou em Maiorca que sente muita dor e precisa parar. Não vai a Roland Garros, onde foi campeão por 14 vezes, e talvez se aposente em 2024. O tenista não ficava fora do Grand Slam de Paris desde 2004. Era outro mundo, na época. José Nilton Dalcin escreve sobre a grave lesão no quadril e a magia de Nadal: incansável, deslumbrante.
Bolsas da Uerj para apadrinhados. Pouco antes da campanha eleitoral de 2022, a Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) pagou ao menos R$ 2,4 milhões a aliados dos líderes do PL, na Câmara dos Deputados e no Senado, e a um dos principais assessores de Carlos Bolsonaro na Câmara do Rio de Janeiro.
Os dados sigilosos aos quais o UOL teve acesso mostram que os pagamentos aos apadrinhados dos bolsonaristas se concentraram no primeiro semestre do ano passado. Os beneficiados receberam como bolsistas em dois projetos da Uerj, realizados com recursos estaduais e federais transferidos a partir de órgãos do governo Cláudio Castro (PL).
G-7 recebe Lula e aguarda Zelensky. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fica até domingo no Japão, em Hiroshima, onde participa como convidado da cúpula do G-7, grupo que reúne as maiores economias do mundo. Na agenda de três dias, desde ontem (18), estão encontros bilaterais com líderes de Austrália, Japão, Alemanha e França.
É a sétima vez que Lula participa deste encontro anual; a última foi há 14 anos, no final do segundo mandato. O G-7 foi criado em 1975, leia aqui como funciona o grupo. O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, é aguardado no Japão para também participar da cúpula, em busca do apoio de Índia e Brasil contra a Rússia.
Nenhuma pergunta teve resposta. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), deve explicações à Polícia Federal sobre a inclusão de dados falsos de vacinação, na carteira dele e de outras pessoas, mas ficou em silêncio no depoimento de quarta (18). Nenhuma pergunta foi respondida. Cid retorna à sede da PF na próxima segunda (22), quando será questionado no inquérito das joias trazidas da Arábia Saudita.
Investigado também por suposta lavagem de dinheiro, envolvendo despesas da então primeira-dama Michelle Bolsonaro, Cid se ofereceu para abrir mão do sigilo fiscal de sua conta bancária em Miami (EUA). O gesto pode sinalizar a chance de colaboração com os investigadores. Para o colunista do UOL Tales Faria, o silêncio de Cid manteve o suspense, e a cumplicidade aguardada por Bolsonaro não se confirmou.
Propinas com postos de combustíveis. Por seis votos a um, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar o ex-senador Fernando Collor (PTB) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A ação penal deriva da Operação Lava Jato e envolve a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás. Em 2015, o político alagoano foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por receber propinas para agilizar um contrato de troca de bandeiras de postos de combustível.
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, votou para condenar Collor a 33 anos e 10 meses de prisão. A defesa do ex-senador afirma que a condenação se baseia em delações, sem provas produzidas pelo Ministério Público.
Entre a aventura e o "mal da altitude". Seis mil quilômetros separam o Rio de Janeiro de Lima, no Peru. A paradinha estratégica em São Paulo é apenas uma das 30 paradas do roteiro, que demora cinco dias e atravessa paisagens que vão da neblina paulistana ao verde amazônico, passando pela Cordilheira dos Andes.
A viagem de ônibus mais longa do mundo, segundo o guia dos recordes, o Guiness. O motorista mora no Acre e reveza a direção com os colegas. Ele reveza a direção e os desafios de um trajeto tão longo, compartilhado por mochileiros aventureiros do Brasil e peruanos com saudade da terra natal. Viaje na viagem: leia em TAB a reportagem de Pietra Carvalho.
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