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OPINIÃO

Colunistas espetam três alfinetes na Faria Lima

Logo da agência de classificação de risco Moody's Imagem: Mike Segar/Reuters

Do UOL

02/10/2024 21h28

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Não é fácil fazer previsões em economia. São muitas variáveis, e há fatores inesperados que bagunçam o coreto. É salutar que se entendam as predições de planejadores de bancos e luminares acadêmicos como um esforço honesto (quando o é) de ver o futuro, mas bastante sujeito a falhas.

E é forçoso dizer que as catástrofes previstas para o Brasil têm se mostrado, pelo menos, atrasadas para chegar. O Brasil tem desafios fiscais difíceis, claro, como lembra José Paulo Kupfer, mas a mais recente elevação de sua nota de risco, desta vez pela Moody's, mostra algum reconhecimento da condução econômica. Mas a Faria Lima foi pega de surpresa.

'Ninguém esperava que, com a 'grave' crise fiscal em que a economia se debate, pelo menos na visão de grande número desses analistas, em grande parte o 'pessoal da Faria Lima', a situação econômica brasileira fosse considerada 'promissora' por uma das três principais agências globais de rating', diz o colunista, na introdução de coluna que analisa a situação com serenidade e cuja leitura, óbvio, esta newsletter recomenda.

José Roberto de Toledo espeta mais um alfinete nos pensadores dos "mercados": "Futurologia à parte, o 'risco positivo' é alto, como diriam os farialimers. Há 'risco' de o desemprego continuar quebrando recordes com taxas cada vez mais baixas, de a renda continuar aumentando e de a economia crescer mais que o esperado pela Liga Ortodoxa. Só não há risco de a Faria Lima achar isso positivo".

E Reinaldo Azevedo, depois de tratar o centro do capital financeiro de forma semelhante, lembra a previsão de um personagem bem conhecido: "Como é mesmo, Paulo Guedes? Se Lula vencesse, o Brasil seria uma Argentina em seis meses e uma Venezuela em um ano e meio, não é isso?".

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