Congresso sequestra orçamento e libera após resgate
Com três meses de atraso, o Congresso finalmente liberou o orçamento de 2025. Mas a conta saiu salgada: R$ 50 bilhões reservados para emendas das excelências.
Josias de Souza define o negócio assim: "O governo brasileiro chegou ao final do primeiro trimestre do ano como uma superestrutura pendurada no ar porque o orçamento havia sido sequestrado. Deputados e senadores só liberaram a votação depois de ajustar com o Executivo o compromisso de pagamento do resgate. Veio na forma da liberação de emendas bilionárias".
Sobre a tentativa do Supremo de fazer com que essas emendas tenham transparência, Ricardo Kotscho disse o seguinte no UOL News: "Eles [os parlamentares] não aceitam isso. Não acabou esse problema. Porque eles não querem nenhum controle. Eles querem o dinheiro na mão deles para fazerem o que bem entendem, como fizeram nesses últimos anos".
A peça também teve uma previsão de superávit aumentada pelos parlamentares, agora em R$ 15 bilhões. Economistas ouvidos pelo UOL consideraram a estimativa "otimista".
- Josias de Souza: Votação do Orçamento envolveu sequestro e ajuste de resgate
- Ricardo Kotscho: Alcolumbre faz festa para votar Orçamento, mas 'esquece' emendas
- Mariana Desidério e Felipe de Souza: Orçamento é otimista e superávit pode não ser atingido, dizem economistas
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