Topo

Em palestra, Onyx diz que governo estará montado em novembro e que não vai "atrapalhar" empreendedores

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Por Ricardo Brito

De Brasília

31/10/2018 16h54

O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou, em palestra a portas fechadas nesta quarta-feira, que o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciará toda a equipe de ministros até o fim de novembro e que a nova gestão não vai "atrapalhar" empreendedores no país, segundo relatos de dois presentes ao encontro à Reuters.

No encontro promovido pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) em um hotel em Brasília, Onyx afirmou que o futuro governo ainda não definiu o número de ministérios que terá. Disse que poderá ter de 16 a 20 pastas -- atualmente são 29 autoridades com status de ministros de Estado.

Sem anunciar qualquer medida concreta no evento, Onyx afirmou que o novo governo estará de "portas abertas" para ajudar o setor da construção a voltar a crescer e que não vai dificultar o empreendedor -- ao contrário, ele enfatizou que trabalhará para garantir a liberdade para que as pessoas não dependam do Estado.

"O Estado tem que dar um passo para atrás para que a população possa dar um passo para a frente", disse Onyx, segundo relato de uma das fontes. Destacou que o novo governo vai refundar a relação entre o público e o privado no país.

No encontro, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, chamou a atenção para o fato de que há 3 mil obras paradas no país e que, se reativadas, podem ajudar na melhoria do nível de emprego. Atualmente, segundo último dado do IBGE, existem 12,5 milhões de pessoas desempregadas.

Onyx não se pronunciou no encontro a portas fechadas sobre a eventual criação do superministério da Infraestrutura, que poderia abranger áreas como o transporte e a construção civil, e também sobre o superministério da Economia - que abrangeria as atuais pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior e cuja fusão já foi anunciada por Bolsonaro. Parte do setor de construção defende que o ministério da Indústria, chamado de MDIC, deveria ficar separado.