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Plano dos EUA para paz entre Israel e Palestina usará tecnologia, diz embaixadora dos EUA na ONU

7.set.2018 - Manifestante palestino arremessa pedras durante um protesto na fronteira da Faixa de Gaza com Israel - Felipe Dana/AP
7.set.2018 - Manifestante palestino arremessa pedras durante um protesto na fronteira da Faixa de Gaza com Israel Imagem: Felipe Dana/AP

Michelle Nichols

18/12/2018 16h45

Prestes a deixar o cargo, a embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, disse nesta terça-feira (18) que um plano norte-americano para mediar a paz entre israelenses e palestinos "traz novos elementos ao debate, aproveitando o novo mundo de tecnologia em que vivemos".

Mas ela não deu nenhum detalhe do que exatamente está no plano longamente aguardado e ainda não publicado, que vem sendo preparado por Jared Kushner, genro do presidente dos EUA, Donald Trump, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o Oriente Médio.

"Ele é muito mais longo. Ele contém detalhes muito mais cuidadosos", disse Haley. "Ele reconhece que as realidades locais do Oriente Médio mudaram de maneiras poderosas e importantes".

Os palestinos estão céticos e acusaram o governo Trump de tomar o partido de Israel nas questões centrais do conflito de décadas. Eles vêm se recusando a participar do esforço norte-americano desde dezembro de 2017, quando Trump reconheceu Jerusalém como a capital israelense e transferiu para lá a embaixada dos EUA.

"Os palestinos têm tudo a ganhar se engajando em negociações de paz", afirmou a embaixadora. "Este plano será diferente de todos os anteriores. A questão crítica é se a reação a ele será diferente".

Ela também acusou países árabes de não fazerem do povo palestino uma prioridade, "porque se fosse, todos vocês estariam em uma sala ajudando a trazer os dois lados à mesa".

A embaixadora britânica na ONU, Karen Pierce, saudou os comentários da colega dos EUA por vê-los como uma confirmação de que um plano de paz está pronto.