EUA impõem sanções a quatro chefes militares da Venezuela após morte de capitão
Os Estados Unidos endureceram hoje sua resposta à morte de um capitão da Marinha da Venezuela sancionando quatro militares de alta patente da agência de contrainteligência do país, disse o Departamento do Tesouro dos EUA.
Na semana passada, autoridades norte-americanas sancionaram a agência, conhecida como Diretório de Contrainteligência Militar (DGCIM), congelando todos seus ativos de posse direta e indireta na esteira da morte de Rafael Acosta.
A ação desta sexta-feira deve congelar os bens de qualquer um dos quatro militares sob controle dos EUA e impedir transações ou negócios de qualquer pessoa ou entidade dos EUA com eles.
O governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou a morte em 29 de junho, oito dias depois de Acosta ser preso por sua suposta participação em um plano de golpe. Organizações de direitos humanos, líderes políticos e sua família acusaram o governo de torturá-lo até a morte.
As sanções mais recentes visam o general de divisão Rafael Ramón Blanco Marrero, o coronel Hannover Esteban Guerrero Mijares, o major Alexander Enrique Granko Arteaga e o coronel Rafael Antonio Franco Quintero, disseram autoridades dos EUA.
"Os Estados Unidos continuarão a responsabilizar indivíduos que estejam envolvidos no uso passado de intimidação e repressão por parte do regime Maduro para visar e silenciar oponentes políticos, civis inocentes e membros do Exército", disse o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em um comunicado.
O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, vem procurando usar as sanções em meio à sua tentativa de depor Maduro, cuja reeleição em 2018 foi considerada ilegítima por Washington e pela maioria dos países ocidentais.
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