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Rússia diz que responderá à instalação de mísseis dos EUA na Ásia

Imagem de novembro de 2017, quando Trump e Putin se encontraram em encontro de líderes da Ásia e do Pacífico. - Mikhail KLIMENTYEV /  SPUTNIK
Imagem de novembro de 2017, quando Trump e Putin se encontraram em encontro de líderes da Ásia e do Pacífico. Imagem: Mikhail KLIMENTYEV / SPUTNIK

Por Tom Balmforth e Anton Kolodyazhnyy

Em Moscou

05/08/2019 09h48

MOSCOU (Reuters) - A Rússia disse nesta segunda-feira que adotará medidas para se defender se os Estados Unidos instalarem mísseis na Ásia após o colapso de um tratado histórico de controle de armas, e que acredita que o Japão instalará um novo sistema norte-americano de lançamento de mísseis.

No sábado, o secretário da Defesa dos EUA, Mark Esper, disse ser a favor da instalação de mísseis terrestres de alcance intermediário na Ásia em um prazo relativamente curto.

Ele fez o comentário um dia depois de os EUA se desligarem do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), pacto da Guerra Fria assinado em 1987 que proibia mísseis terrestres com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.

Indagado sobre a possível instalação de mísseis dos EUA, o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, disse que seu país não pretende ser arrastado para uma corrida armamentista com Washington, mas que reagirá defensivamente a qualquer ameaça.

"Se a instalação de novos sistemas dos EUA começar especificamente na Ásia, os passos correspondentes para equilibrar estas ações serão dados por nós na direção de conter estas ameaças", disse Ryabkov em uma coletiva de imprensa.

Segundo ele, a Rússia acredita que em breve o Japão instalará o sistema de lançamento de mísseis norte-americano MK-41 em solo japonês.

"O sistema de lançamento universal MK-41 que surgirá, parece, no Japão também pode ser adaptado para lançar mísseis de cruzeiro de alcance médio... então estes novos sistemas, quando surgirem no Japão, sem dúvida também serão levados em conta durante nosso planejamento correspondente".

(Por Tom Balmforth e Anton Kolodyazhnyy)