Ministro do Meio Ambiente sobrevoa áreas com manchas de petróleo no litoral da Bahia
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, realiza hoje sobrevoo sobre áreas no litoral da Bahia impactadas por manchas de petróleo que têm aparecido por toda a costa do Nordeste brasileiro deste o início de setembro.
Em mensagem no Twitter, Salles disse que o sobrevoo visa "acompanhamento das manchas e equipes de recolhimento" e acrescentou que irá visitar também "outras localidades" afetadas.
Identificadas desde 2 de setembro, as manchas de petróleo chegaram a todos Estados do Nordeste e já atingem 72 municípios e 167 localidades, segundo dados atualizados pelo órgão ambiental Ibama na noite de terça-feira.
O Ibama também registrou avistamentos de ao menos 13 tartarugas marinhas mortas nas praias impactadas pelas manchas de óleo, de acordo com levantamento até segunda-feira.
O órgão ambiental acrescentou que requisitou apoio da Petrobras para limpeza das praias. Já a investigação da origem das manchas de óleo é conduzida pela Marinha, enquanto a investigação criminal está sob responsabilidade da Polícia Federal.
Até o momento, o governo brasileiro ainda não identificou a origem do petróleo e nem como aconteceu o derramamento.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse na semana passada que foi identificado que o material possui características similares ao petróleo extraído na Venezuela, mas destacou que ainda não há conclusão definitiva.
Antes, o ministro Salles também havia dito que o petróleo "muito provavelmente" é de origem venezuelana.
O governo da Venezuela e a estatal PDVSA, no entanto, rejeitaram na semana passada responsabilidade pelo derramamento, afirmando que não encontraram evidências de vazamentos em campos de petróleo no país que pudessem ter afetado o Brasil.
Barreiras
O Ibama disse ainda que requisitou à Petrobras a disponibilização de barreiras de contenção para impedir que o óleo continue se espalhando, mas afirmou que a medida foi tomada "por precaução", uma vez que avalia que o uso do equipamento "pode não alcançar a eficácia pretendida".
"Nos casos em que o óleo derramado é de origem conhecida e sua dispersão é prevista, a instalação de barreiras em águas calmas é tecnicamente recomendável para proteger pontos sensíveis, como manguezais. Contudo, se os manguezais já estiverem oleados, a medida poderá provocar o efeito inverso e impedir a depuração natural do ambiente", explicou.
Segundo o órgão ambiental, mais de 200 barreiras estão em Aracaju, no Sergipe, "à disposição de instituições com capacidade operacional para realizar sua instalação e manutenção".
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