Protestos na Venezuela enfraquecem e levantam dúvidas sobre capacidade da oposição de forçar saída de Maduro
O enfraquecimento das manifestações convocadas pelo líder da oposição venezuelana Juan Guaidó levanta dúvidas sobre a capacidade da oposição de forçar o presidente Nicolás Maduro a deixar o poder.
Guaidó navegou em uma onda de popularidade de mais de 60% no início do ano, quando invocou artigos da Constituição para se autodeclarar presidente interino, afirmando que a reeleição de Maduro em maio de 2018 foi fraudulenta.
Naquele momento, o engenheiro industrial de 36 anos deu aos oponentes de Maduro uma esperança renovada de que era possível que o líder socialista deixasse o poder e que novas eleições fossem convocadas.
Desde o final de abril, as coisas mudaram, depois que o país viu um grupo de militares de médio porte acompanhando Guaidó perto de uma base aérea de Caracas sem que essa ação levasse a um pronunciamento do alto comando militar contra Maduro.
O presidente de 57 anos mantém o apoio da liderança militar, algo que se mostrou vital para o sucessor de Hugo Chávez.
"Acho que há apatia, acho que há decepção. Acho que há falta de estratégia", disse Lizabeth Ball, de 56 anos, professora da Universidade Central da Venezuela, que estava na quinta-feira entre uma centena de jovens numa praça desse centro de estudos público da capital, em um protesto convocado pela liderança estudantil e apoiado por Guaidó.
Essa foi a terceira manifestação apoiada por Guaidó na semana, após uma convocada por enfermeiras e outra por professores. O influxo foi de algumas centenas de pessoas, entre as quais não estava o líder da oposição.
A popularidade de Guaidó —que tem reafirmado entender a frustração da população com a falta de sucesso nos esforços para mudar o governo— vem caindo desde o final de abril e atualmente é de 42,1%, segundo a empresa de pesquisa Datanálisis. Segundo a mesma pesquisa, Maduro tem uma popularidade de 15,5%, enquanto seu nível de rejeição atinge 81,5%.
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