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OMS diz que pandemia de Covid-19 é "uma grande onda", não é sazonal

24.07.2020 - Coronavírus: Paciente tem temperatura medida para entrar em centro de saúde em Los Angeles, na Califórnia (EUA) - Por Emma Farge
24.07.2020 - Coronavírus: Paciente tem temperatura medida para entrar em centro de saúde em Los Angeles, na Califórnia (EUA) Imagem: Por Emma Farge

Emma Farge*

28/07/2020 07h40Atualizada em 28/07/2020 16h27

Por Emma Farge

GENEBRA (Reuters) - Uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu a pandemia de Covid-19 nesta terça-feira como "uma grande onda" e pediu cautela durante o verão do hemisfério norte, já que a infecção não compartilha a tendência do vírus da gripe de acompanhar as estações.

As autoridades da OMS têm se esforçado para evitar descrever um ressurgimento de casos de Covid-19 como os de Hong Kong como "ondas", já que isso sugere que o vírus está se comportando de maneiras fora do controle humano, quando na verdade uma ação organizada pode refrear sua disseminação.

Margaret Harris repetiu esta mensagem durante uma coletiva de imprensa virtual em Genebra. "Estamos na primeira onda. Será uma grande onda. Ela subirá e descerá um pouco. A melhor coisa é achatá-la e transformá-la em algo que passa junto aos pés", disse.

Apontando para os números altos de casos no auge do verão dos Estados Unidos, ela pediu vigilância na aplicação de medidas e desaconselhou grandes aglomerações.

"As pessoas ainda estão pensando sobre estações do ano. O que todos precisamos ter na cabeça é que esse é um novo vírus e... esse está se comportando de forma diferente", disse.

Mas ela também expressou o temor de casos de Covid-19 coincidirem com casos de gripe sazonal normal durante o inverno do hemisfério sul e disse que a OMS está monitorando isso atentamente.

Por enquanto, disse, amostras de laboratório não estão mostrando muitos casos de gripe, o que indica um início de estação tardio.

"Se você tem um aumento de uma doença respiratória quando já tem um fardo muito grande de doenças respiratórias, isso coloca ainda mais pressão no sistema de saúde", disse, exortando as pessoas a se vacinarem contra a gripe.