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Em meio a recorde de mortes por covid, número 2 da Saúde rejeita lockdown nacional

18.mai.2020 - O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, durante entrevista coletiva - Júlio Nascimento/PR
18.mai.2020 - O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, durante entrevista coletiva Imagem: Júlio Nascimento/PR

Ricardo Brito

12/03/2021 20h33

Em meio ao pior momento da pandemia de coronavírus no país, com recordes de mortes e casos da doença, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, rejeitou nesta sexta-feira a possibilidade de adoção de um lockdown nacional ao avaliar que a Covid-19 se comporta de forma diferente em cada lugar.

Em entrevista coletiva, Elcio disse que cabe ao gestor local tomar uma decisão de restringir atividades levando-se em conta fatores como a variação da curva epidemiológica e grau de letalidade da doença. Destacou que essas situações que devem ser avaliadas para um lockdown.

"Por isso, não podemos adotar num país do tamanho do Brasil uma medida linear", afirmou Franco, que é a segunda mais elevada autoridade do ministério.

O secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, reconheceu que o país vive nas últimas semanas os "fatos mais críticos da pandemia no nosso país", ao frisar que no início do ano houve um recrudescimento muito significativo de casos e mortes.

"A gente recomenda à população que mantenha-se evitando aglomeração, mantenha-se o uso de máscara, utilização do álcool gel, a etiqueta respiratória, o distanciamento mínimo de um metro entre as pessoas para que possamos, tomando essas medidas não-farmacológicas, contribuir de maneira significativa para (evitar) a transmissão do vírus", disse Medeiros.

A fala dos integrantes do ministério sem admitir algum tipo de restrição nacional de atividades está em linha com as posições o presidente Jair Bolsonaro, forte crítico desse tipo de medidas. Bolsonaro já chegou a dizer que a adoção de medidas assim teriam o objetivo de derrubar o seu governo.