Merkel diz que lockdowns e toques de recolher são vitais para deter 3ª onda na Alemanha
A chanceler alemã, Angela Merkel, exortou parlamentares nesta sexta-feira a aprovarem novos poderes que lhe permitiriam impor lockdowns e toques de recolher contra o coronavírus em áreas com taxas altas de infecções, dizendo que a maioria dos alemães é a favor de medidas mais rígidas.
"A terceira onda da pandemia pegou nosso país com firmeza", disse Merkel, cujo discurso no Parlamento foi interrompido por parlamentares do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha, que é contra os lockdowns.
"Funcionários de unidades de tratamento intensivo estão enviando um chamado de socorro atrás do outro. Quem somos nós para ignorar seus apelos?", questionou Merkel.
Seu governo quer que o Parlamento mude a Lei de Proteção contra Infecções para permitir que autoridades federais imponham restrições mesmo que líderes regionais as rejeitem na esperança de aliviar a pressão sobre as UTIs.
A imposição de toques de recolher e a concessão de poderes para o governo federal os aplicar nos 16 Estados alemães também atraiu críticas do bloco conservador da chanceler, que pesquisas de opinião indicam que sofrerá a pior derrota de sua história na eleição nacional de setembro.
Ao contrário do Reino Unido e da França, a Alemanha reluta em impor limites drásticos à circulação em um país que protege as liberdades democráticas com veemência devido ao seu passado nazista e comunista.
Os que se opõem ao lockdown realizam manifestações em toda a Alemanha, mas particularmente no antigo lado oriental, que demonstra mais apoio ao AfD
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