Gleisi, Randolfe e ministro de Lula criticam PL da Anistia após explosões

Aliados de Lula criticaram a proposta do PL da Anisita para envolvidos na tentativa de golpe de Estado no dia 8 de Janeiro após as explosões ocorridas na praça dos Três Poderes nesta quarta-feira (13).

O que aconteceu

Para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, os atos repetem a violência de 8 de Janeiro. Em suas redes sociais, a deputada federal afirmou que muitos elementos ainda mantêm o estado de alerta para a defesa da democracia.

Os gravíssimos fatos desta noite na praça dos Três Poderes repetem o cenário, os alvos e a violência do 8 de Janeiro. O carro com explosivos na Câmara dos Deputados é de um candidato a vereador do PL de Santa Catarina. São muitos elementos que nos alertam para permanecer vigilantes em defesa da democracia. Sabemos quem são seus inimigos e saberemos defendê-la mais uma vez.
Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do PT

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia afirmado mais cedo que negociava com o senador Davi Alcolumbre (União-AP) a anistia dos condenados no 8/1. Segundo Bolsonaro, seu partido apoiaria Alcolumbre na disputa pela presidência do Senado em troca de ele abraçar a pauta da anistia. O principal suspeito pelas explosões já foi candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina.

Para o senador Randolfe Rodrigues (PT), líder do governo Lula no Congresso Nacional, o fato precisa ser classificado como um "atentado com características de motivação política". "É inadmissível após tantos ataques à nossa democracia", disse ele. "Sejamos intolerantes ao fascismo e à disseminação do ódio, a resposta deve ser a Constituição, a lei e a união do povo!"

Paulo Pimenta (PT) concordou. Em suas redes sociais, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social de Lula disse que "os ataques às instituições são ataques à democracia e ao povo brasileiro". Ele ainda afirmou que os atos antidemocráticos não podem ser naturalizados e afirmou que "serão derrotados mais uma vez".

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Deputados questionam a viabilidade de anistia após as explosões. A deputada federal Erika Kokay (PT) afirmou que "o bolsonarismo quer anistiar a violência e os ataques à democracia, propagando a impunidade", já o deputado estadual Matheus Gomes (PSOL) disse acreditar em uma estratégia de terror e violência empunhada pela extrema direita. "Não pode haver anistia para essa gente."