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Banco Mundial diz que EUA devem liberar excedente de vacinas para América Latina

Presidente do Banco Mundial, David Malpass - Florence Lo/Reuters
Presidente do Banco Mundial, David Malpass Imagem: Florence Lo/Reuters

David Lawder e Emma Farge

01/06/2021 18h59Atualizada em 01/06/2021 20h28

O presidente do Banco Mundial afirmou hoje que é vital que os Estados Unidos liberem doses excedentes de vacinas contra o novo coronavírus para a América Latina, já que a OMS (Organização Mundial da Saúde) expressou preocupação com as altas taxas de infecção na região.

Mike Ryan, o diretor de emergências da OMS, disse que a situação na região "está começando a ir para a direção errada".

"As próximas semanas são vitais para que, em particular, os EUA liberem o excedente (de vacinas) para ir para os programas que existem", disse o presidente do Banco Mundial, David Malpass, no mesmo briefing.

"Estamos prontos para tomá-los amanhã nos três países que mencionei e daqui a duas semanas em mais países da América Latina", disse ele, referindo-se a Equador, El Salvador e Honduras, que buscam 220 milhões de doses de vacinas.

O número de mortos relacionados à covid-19 na América Latina ultrapassou a marca de 1 milhão.

Chile, Peru e Paraguai relataram declínios em novas infecções, mas Uruguai, Argentina e Brasil estão vendo mais uma vez um aumento nos casos, enquanto a Bolívia está registrando um expressivo aumento nas mortes, informou a Organização Pan-Americana da Saúde na semana passada.

A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva, também disse em briefing virtual que tratava da igualdade no acesso às vacinas que os suprimentos de inunizantes para a região devem ser priorizados.

"Temos que pensar onde a urgência de agir é mais significativa e, infelizmente, para a América Latina, vários países são atingidos pela força brutal da covid-19", disse ela.